A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) definiu que o Brasil não participará dos torneios de polo aquático do Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos, marcado para julho, em Fukuoka, no Japão. Segundo a entidade, a decisão já foi informada à World Aquatics.
De acordo com a CBDA, o planejamento da modalidade para 2023 não incluía, desde o início, a participação das seleções feminina e masculina no Mundial. O principal objetivo das equipes brasileiras de polo aquático para esta temporada é conquistar a vaga olímpica via Jogos Pan-Americanos, que serão disputados em Santiago, no Chile.
E é em virtude desse planejamento, que a direção de polo aquático da CBDA dedicou parte do orçamento para treinamentos e jogos das duas seleções, que devem ser realizados no segundo semestre, na Europa, visando justamente o Pan. Para os dirigentes, o formato de disputa do Mundial no Japão tomaria uma quantidade significante do orçamento e inviabilizaria as duas ações.
Na temporada de 2023, outros dois mundiais, ambos na categoria sub-20, serão realizados, e o Brasil enviará as duas seleções. No entendimento da diretoria da CBDA, desta forma, a verba destinada à modalidade dentro da Lei Agnelo Piva será melhor aproveitada visando o principal objetivo da modalidade: estar nos Jogos Olímpicos de 2024, em Paris, e preparar a nova geração da modalidade para a disputa de eventos internacionais.
A seleção masculina do Brasil só tem um título do Pan, em São Paulo em 1963. Das 10 últimas edições, os Estados Unidos venceram nove e Cuba, uma. Já a seleção feminina buscará uma conquista inédita. Desde a estreia das mulheres no evento, as brasileiras conseguiram cinco bronzes em seis torneios. As americanas venceram as últimas cinco e as canadenses, a primeira edição em 1999.