Um time de futebol é o reflexo de uma série de escolhas e condições que o precedem. Ao torcedor, somente as vitórias importam. E elas são, em última análise, a missão de quem tem a honra e a responsabilidade de dirigir um clube do tamanho do Sport Club Internacional.
A torcida, cada vez mais, sabe que as ações tomadas em gabinetes são reflexo de muitos anos em que a busca a qualquer preço pelas vitórias cobram o seu preço. Hoje, o Internacional vive um período de dificuldades que foram gestadas há muitos anos, decorrentes de gestões que pouco se importavam com o futuro do clube. Contratar por contratar, buscar no interior do país jogadores em lotes é receita de um passado que não mais pode voltar ao Inter.
O endividamento atual do clube é reflexo dessa política antiga e que não cabe mais no futebol. Fazer contas para futuras gestões pagarem, prometer o que não se pode honrar e, ao final, recorrer ao sistema bancário, tudo isto fez o Inter saltar de uma dívida de R$ 300 milhões para mais de R$ 600 milhões.
Para enfrentar isto, além de instituir verdadeira profissionalização que, em termos de contratações, muito mais acerta do que erra, a gestão buscou reequilibrar as contribuições sociais, congeladas há mais de quatro anos, pelo menor índice e confiando na participação histórica da nossa torcida em momentos de superação das dificuldades. Contraditoriamente, se escuta e lê em espaços nobres como este soluções mágicas justamente daqueles que se opuseram a tal medida.
Hoje, o Inter não tem mais espaço para endividamento. Hoje, no Inter, não se trabalha mais com a criação de contas futuras a qualquer preço. Mesmo que no primeiro momento isto não pareça à torcida a atitude correta, é o que tem que ser feito não para proteger uma gestão, mas sim para defender o Sport Club Internacional.
Discursos rasos, que buscam situações pontuais, não mudarão a postura da direção, mesmo em ano eleitoral. Trabalhamos para qualificar a equipe, buscar títulos e dar alegrias à torcida. Ainda pagamos as contas do passado, mas sempre de olho no futuro do Internacional.