A Argentina foi campeã mundial há quase um mês, e o técnico Lionel Scaloni continua radiante pela conquista. Honrado por ter dirigido um time liderado em campo por Lionel Messi, a quem considera o "melhor da história", acima até mesmo de Diego Armando Maradona, o treinador consegue reviver cada momento do último 18 de dezembro apenas com as suas memórias, até porque ainda não viu o VT da emocionante vitória nos pênaltis sobre a França após empate por 3 a 3.
— Não voltei a ver a final. Tenho as imagens claras da partida na minha cabeça — disse o treinador em entrevista ao programa "El Partidazo", da rádio espanhola Cope.
Ao relembrar o dia da conquista, ele lamentou que a prorrogação e os pênaltis tenham sido necessários, pois considera que uma vitória por 2 a 1 no tempo regulamentar seria mais justa. Apesar disso, manteve um sentimento positivo até a última cobrança.
— Até os 80 minutos, eu sabia que era uma partida espetacular, mas a partir daí foi diferente. Foi uma lástima não ter decidido durante os 90 minutos, porque um gol deles no final da prorrogação seria injusto. A final foi muito emotiva, sentíamos que era um momento espetacular. Quando uma seleção como a Argentina atinge essa comunhão, o adversário está ferrado — afirmou.
A comunhão citada por Scaloni foi construída a partir do compromisso argentino de não deixar Messi encerrar a carreira sem uma Copa. Ajudado pelos companheiros tanto quanto os ajudou, o astro teve a idolatria elevada a um novo nível, para muitos superior a de Maradona. Scaloni é um dos que defendem que Messi é o melhor.
— Se tenho que escolher um, fico com Leo, pois tenho algo especial com ele. É o melhor da história, ainda que Maradona também tenha sido genial — afirmou.
— Treinar o Messi não é difícil. A nível técnico, não há o que se corrigir, mas por vezes é o caso de pressionar ou explicar uma forma de ataque. Pressionar, roubar bolas. Quando tem sangue, ele é o número um — completou.
Durante o programa, Scaloni também foi questionado sobre as negociações com a Associação de Futebol da Argentina (AFA) para seguir no comando da seleção, mas não revelou detalhes.
— Vou viajar nos próximos dias para Buenos Aires. Espero me sentar com o presidente e ver se chegamos ao acordo que queremos. Temos uma boa relação, sou grato a ele — limitou-se a dizer.