Quatro anos depois, o Atlântico, Erechim e o Rio Grande do Sul estão às portas de decidir a Liga Nacional de Futsal. Como em 2018, a equipe gaúcha chegou à decisão tendo a vantagem pela melhor campanha. E, exatamente igual àquela vez, diante do Pato, perdeu o jogo de ida levando seis gols. Neste domingo (13), 11h30min, contra o Corinthians, está a oportunidade de mudar o fim da história. A curiosidade é que, nesse período, não sobrou quase ninguém no Ginásio Caldeirão do Galo.
Entre os jogadores, não há ninguém. A equipe é toda nova na comparação com a de 2018. Os remanescentes estão na comissão técnica e na direção. O preparador de goleiros Igor Braga e o supervisor Elton Dalla Vecchia são os integrantes do grupo que ainda têm engasgada a derrota daquela decisão de Liga.
Para o dirigente, o clube evoluiu em questões administrativas, ficou mais profissional e implementou novas ferramentas de gestão. Em quadra, mesmo que o time de agora não tenha tantas figuras conhecidas no cenário do futsal, a juventude dos atletas pode ajudar. A mudança na equipe que lhe faz acreditar no título é a impetuosidade do grupo:
— E aquela derrota nos fez crescer, criou anticorpos. Aquele time de 2018 era mais experiente. Temos equipe jovem, com fome, que fez um time que não era cotado como favorito chegar à decisão do campeonato. Acredito que temos força e qualidade para dar a volta a ser campeões em casa. Nosso técnico Thiago Raupp, o Gordo, eleito o melhor da competição, vai montar a estratégia certa e nos dar as armas para conquistar esse título.
A visão de Elton é compartilhada por Igor Braga. Diz o preparador de goleiros:
— A estrutura do clube melhorou bastante, encorpou a equipe técnica. Em 2018, o time era muito bom e tinha uma expectativa muito grande. O de 2022 veio crescendo ao longo do campeonato, superou adversidades. Por isso, vejo mais calejado.
Na arquibancada também há remanescentes. Se bem que na letra fria, um dos mais ansiosos para o jogo de domingo não estava bem do lado de fora da quadra. Ainda que fosse torcedor, Michael Mascarello havia sido convocado para ser um dos meninos que entram para secar a quadra quando fica molhada. Viu bem de pertinho, portanto, a tristeza da derrota na prorrogação. Agora, estará lá no Caldeirão do Galo esperando por um final diferente.
— A diferença é que em 2018 nosso time jogava muito, estava cheio de estrelas. O de agora disputa mais, tem mais garra. Não que o outro não tinha, mas atualmente é impressionante — finaliza Michael.
Atlântico na Liga Nacional
28 jogos
13 vitórias
3 empates
12 derrotas
60 gols pró
75 gols conta
Em Erechim
13 jogos
9 vitórias
2 empates
2 derrotas
Goleadores: Serginho (13), Mazetto (9), Rick (7), Guilherme, Grillo e Chape (5), Suelton (4), Farinha (3), Jedi, Guto e Renatão (2), Ewerton e Erick (1) e 1 contra.