Destaque da seleção da Noruega, com 91 partidas disputadas pela equipe principal, o ex-atacante John Carey, com passagens por Roma, Valencia, Aston Villa e West Ham, foi condenado nesta quarta-feira (16) a 14 meses de prisão por sonegação fiscal em seu país. Ele já havia se declarado culpado, mas acabou pegando uma pena menor por ter sido considerado "grosseiramente negligente".
Carew corria o risco de pegar até 2,7 anos de prisão caso tivesse sido condenado por ter agido intencionalmente na fraude fiscal entre 2017 e 2019, quando já havia abandonado os gramados — ele não declarou 26,7 milhões de libras (aproximadamente R$ 171 milhões na cotação atual).
O ex-atleta alegou não residir na Noruega, portanto, não precisar fazer uma declaração no país. Ele também afirmou que seguia conselhos de seus agentes. Seus advogados tentavam que a punição fosse apenas para ações comunitárias, o que acabou não ocorrendo.
— De acordo com as evidências apresentadas, o tribunal não pôde ver que há cobertura para a decisão de Carew, de não divulgar sua renda e bens, mesmo que a descrição do crime tenha sido assim cumprida. Na opinião do Tribunal, não há nada nas evidências que apoie tal hipótese — afirmou o juiz do Tribunal Distrital de Oslo, Ingvild Boe Hornburg, durante o julgamento.
Mesmo não conseguindo reverter a pena para ações comunitárias, o advogado do ex-atacante de 43 anos, comemorou a sentença como uma vitória. "O tribunal concluiu que ele agiu com negligência grosseira, mas não com intenção", afirmou Berit Reiss-Andersen, em comunicado. "Isso mostra que John Carew é acreditado em todos os aspectos".
Além dos 14 meses de prisão, o jogador ainda terá de pagar uma multa de 46 mil libras (aproximadamente R$ 295 mil). De acordo com o advogado, Carew vai ler com calma a decisão antes de decidir se apelará.