Um jogo da Série A-2 de Pernambuco teve um acontecimento inusitado no domingo (16). O Sete de Setembro, que jogava em casa e precisava de apenas um empate contra o Torres para se classificar à segunda fase da competição, foi eliminado de forma amargurada após o encerramento da partida, que nem sequer iniciou. As informações são do ge.globo.
Com início previsto para às 15h (horário de Brasília), a bola não foi autorizada a rolar pelo árbitro Tiago Lima Vieira, devido a falta de ambulância no Estádio Grito da República, em Olinda — o Sete tem sede oficial em Garanhuns, mas estava mandando seus jogos na cidade de quase 240 quilômetros de distância.
O atraso da ambulância durou 1h13min, extrapolando o tempo previsto no regulamento do campeonato. Com isso, o juiz apitou o final do jogo e confirmou a vitória do Torres por 3 a 0 (W.O). Com a derrota, o Sete de Setembro ficou empatado com o Vitória-PE em número de pontos, mas perdeu no saldo de gols.
Em uma publicação nas redes sociais, o capitão da equipe, Glauber, desabafou em nome de todos os jogadores e comissão técnica que foram prejudicados pela possível falta de logística:
— O que fizeram com a gente não existe, pais de família atrás do sonho, atrás do pão de cada dia. A gente tinha chance demais de classificar e brincaram com os sonhos dos jogadores.
O clube tentou de todas as formas apelar para o árbitro permitir que o jogo acontecesse apesar da falta do automóvel de segurança da saúde. Entretanto, o pedido não foi concedido e imagens dos jogadores completamente abalados e cabisbaixos em campo contrapôs o retrato de uma partida que não ocorreu.
O Torres garantiu a primeira posição do grupo C da competição após a vitória por W.O e se classificou para a fase seguinte.