O Comitê Olímpico Internacional (COI) triplicará sua ajuda financeira direta aos atletas ucranianos visando os Jogos Olímpicos de Paris de 2024 e depois os Jogos de Inverno de 2026, anunciou o presidente do COI, Thomas Bach, neste domingo (3).
Em visita a Kiev, Bach, que falou ao lado do presidente ucraniano Volodimir Zelenski, também indicou que "não chegou a hora" de modificar a posição do COI, que recomendou a exclusão de atletas russos e bielorrussos de todos os eventos esportivos internacionais.
—Nós os apoiamos (atletas ucranianos) para que possamos vê-los nas Olimpíadas de Paris 2024 e nas Olimpíadas de Inverno 2026 em Cortina-Milão (...), que a bandeira ucraniana seja hasteada bem alto — declarou o dirigente.
— Com esse fim, o COI triplicará o fundo que estabelecemos no início da invasão russa da Ucrânia (em 24 de fevereiro) de US$ 2,5 milhões para US$ 7,5 milhões — disse ele.
O presidente Zelensky comemorou esse apoio adicional.
— A invasão russa se tornou um golpe cruel para o esporte ucraniano. Muitos atletas ucranianos se juntaram às forças armadas para defender nosso país, para defendê-lo no campo de batalha. 89 atletas e treinadores morreram como resultado do combate militar. Treze foram capturados pelos russos e seguem em cativeiro— disse o presidente após sua reunião com Bach.
O presidente do COI afirmou que o ucraniano Sergei Bubka, ex-astro do salto com vara e presidente do Comitê Olímpico Ucraniano, continua seus esforços de coordenação para arrecadar mais fundos.
— Também asseguramos ao presidente (Zelensky) que mantemos a posição que assumimos no início da guerra, que é muito clara (...), e inclui nossas recomendações às federações internacionais (esportivas) para não convidar atletas russos e bielorrussos para competições internacionais. Não chegou a hora de suspender essas recomendações— afirmou.
* AFP