O Brasil teve um dia difícil no Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos em Budapeste, na Hungria. Com duas medalhas na competição até o momento, a equipe brasileira viu escapar o terceiro pódio na final do revezamento masculino 4x200m livre por detalhe.
Com o segundo melhor tempo das eliminatórias (7min06s98 - recorde sul-americano), o time formado por Fernando Scheffer, Vinicius Assunção, Murilo Sartori e Breno Correia fez um boa final e esteve sempre entre os três primeiros até os 300 metros finais.
Mas nas duas últimas piscinas, liderada pelo campeão olímpico dos 200m livre Tom Dean, a equipe da Grã-Bretanha, que também foi ouro nos Jogos de Tóquio, superou o time brasileiro e assegurou o bronze com 69 centésimos de segundo de vantagem. Mesmo assim, os 7min04s69 garantiram uma nova quebra de recorde continental.
Favoritos, os Estados Unidos levaram o ouro. Drew Kibler, Carson Foster, Trenton Julian e Kieran Smith nadaram em 7min00s24. A Austrália levou a prata com 7min03s50.
Fratus é eliminado no "swim-off"
Logo depois da final do revezamento, o medalhista olímpico Bruno Fratus caiu na piscina para o desempate (swim-off) dos 50m livre.
Dono da melhor marca das classificatórias (21s71), o brasileiro terminou as semifinais empatado com o francês Maxime Grousset, com 21s83 e por isso necessário o mano a mano, onde o europeu foi mais rápido no final e acabou ficando com a vaga ao cravar 21s59 cotra 21s62 do carioca de 32 anos.
— Acontece. Esporte de alto rendimento é isso. Hoje era minha vez de perder — disse um desapontado Fratus, que mesmo eliminado obteve uma marca histórica nesta quinta. Ao nadar as três séries, ele se tornou o primeiro nadador do mundo a completa os 50m livre abaixo de 22 segundos em 100 oportunidades.
— Bem diferente do que eu esperava esse 100 vezes 21 (segundos). Foi bem amargo. Agora é voltar pra casa e treinar mais. Ano que vem tem outro Mundial e em 2024 tem as Olimpíadas— concluiu.
Outras finais
Nos 100m livre feminino, a australiana Mollie O'Callaghan surpreendeu a recordista mundial Sarah Sjoestroem. Com 52s67, ela ficou com o ouro, enquanto a sueca fez 52s80. A americana Torri Huske, com 52s92, garantiu o bronze.
Vice-campeã olímpica dos 200m peito, a americana Lilly King faturou o título mundial com 2min22s41, vencendo o duelo com a australiana Jenna Strauch, que fez 2min23s04 e a compatriota Kate Douglass, que nadou em 2min23s20.
Medalha de ouro nos Jogos Rio-2016 e prata em Tóquio-2020 nos 100m costa, o americano Ryan Murphy conquistou seu primeiro título mundial individual. Com 1min54s52, ele deixou para trás o britânico Luke Greenbank (1min55s16) e Shaine Casas, também dos Estados Unidos, que fez 1min55s35.
Recordista mundial e campeã olímpico dos 200m peito, o australiano ZacStubblety-Cook fez 2min07s07 e livrou mais de um segundo para o sueco Erik Persson e o japonês Yu Hanaguruma, que dividiram a prata com 2min08s38.