Acostumado a contar com um elenco discreto, muitas vezes até criticado por certa apatia dentro e fora de campo, o técnico Rogério Ceni deve ter em Patrick um representante do seu estilo mais participativo e cobrador dos tempos de jogador. O volante, ex-Inter, foi apresentado oficialmente nesta sexta-feira (21) e prometeu vibração e cobranças no gramado.
— Sou um cara emotivo, principalmente na partida. Para mim, quanto mais eu estiver vibrando, dentro do jogo, melhor para a minha performance. Vou brigar com juiz, vou tentar dar meu melhor pelo São Paulo — disse o jogador, que recebeu a camisa número 88.
O volante também comentou sobre sua trajetória no Inter, no qual foi vice-campeão da Copa do Brasil, em 2019, e do Brasileirão, em 2020, mas se esquivou de uma polêmica. No ano passado, ele exibiu para a torcida do Inter dois caixões com as cores do Grêmio ao fim de uma vitória no clássico, por 1 a 0, pelo Brasileirão.
Na época, o Tricolor estava perto do rebaixamento à Série B. E o gesto quase causou uma briga generalizada com os jogadores gremistas. No São Paulo, ele vai reencontrar dois ex-atletas do Grêmio: o lateral Rafinha e o meia-atacante Alisson, com os quais vai dividir o vestiário agora.
— Sobre a conversa (com o São Paulo) sobre o caixão, acho que não teve e não precisa ter. É outra fase, outro ciclo, passou. O pensamento é no São Paulo. A gente fala sobre a equipe, o dia a dia, os companheiros. Esse assunto não vai entrar em campo. Não precisam mais perguntar. O Rafinha é multicampeão, terei a honra de ter ao lado, vou tentar aproveitar a qualidade.
Com contrato até o fim de 2023, Patrick se colocou à disposição de Rogério Ceni para jogar em diferentes posições no meio-campo.
— As primeiras conversas com o Rogério Ceni foram boas. Ele expôs suas vontades e pensamentos, e me coloquei à disposição. Ele sabe que posso jogar como volante por dentro ou aberto, conhece as minhas características e está avaliando — comentou.