O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) recorreu da decisão que concedeu liberdade provisória ao jogador William Ribeiro. O atleta agrediu o árbitro Rodrigo Crivellaro durante uma partida entre Guarani de Venâncio Aires e São Paulo de Rio Grande, pela Divisão de Acesso, na segunda-feira (4) da semana passada.
O agressor foi preso em flagrante logo após o ocorrido e passou a noite na Penitenciária Estadual de Venâncio Aires. No entanto, em audiência de custódia realizada na tarde de terça-feira (5), ele teve concedida a liberdade provisória. Na ocasião, o MP-RS já havia manifestado que recorreria da decisão.
— O recurso é no sentido de que, sendo o futebol um esporte muito popular, a repercussão daquela cena de violência, associada a uma liberdade extremamente apressada, pode produzir uma sensação de impunidade muito prejudicial à ordem pública. Neste sentido que recorremos. Muitas pessoas assistiram pela cena de violência — justifica o promotor Pedro Rui da Fontoura Porto, de Venâncio Aires.
A acusação a William Ribeiro é por tentativa de homicídio doloso qualificado. A pena para o tipo de crime é de 12 a 30 anos. O atleta de 30 anos tem ao menos três antecedentes criminais por lesão corporal, um por ameaça e dois por provocação de tumulto.
— Entendemos necessário mantê-lo preso, pelo menos, no curso do processo. Até porque, embora ele seja tecnicamente primário, o que significa que ele ainda não teve condenações anterior na Justiça, ele tem um histórico precedente de atos de violência, conforme boletins de ocorrência registrados contra ele e por comentários de pessoas ligadas ao esporte em questão — pontuou o promotor.