A Seleção Brasileira de vela foi definida para o evento-teste da SSL Gold Cup, considerada a Copa do Mundo da modalidade, com Robert Scheidt e outros 10 atletas. Além do maior medalhista olímpico do país, o grupo disputará regatas contra outras nações no Lago Neuchâtel, na Suíça, com as bicampeãs olímpicas Martine Grael e Kahena Kunze.
As provas serão de 27 de setembro a 3 de outubro, e o Brasil enfrentará os barcos da Argentina, Croácia, Estônia, Hungria, Israel, Omã e Suíça. Os treinos começam nesta quarta-feira (22) e a equipe embarca na segunda-feira (27) para o país europeu.
O time nacional terá mais representantes de Tóquio 2020 a bordo, como Gabriel Borges (49er) e Henrique Haddad (470). Outros nomes de ponta da vela estão no barco brasileiro, como Joca Signorini, campeão da The Ocean Race 2008-09, e de André Fonseca, com participações em regatas de volta ao mundo, olimpíadas e multicampeão do país na vela oceânica. Completam o grupo Henry Boening Maguila, Alfredo Rovere e Juninho de Jesus.
— Temos uma equipe boa no papel, que precisa velejar bem junta. O Brasil tem uma oportunidade legal de contar com esse time. Montamos uma boa tripulação e agora precisamos nos entrosar — completou Robert Scheidt, timoneiro da equipe:
— Reunimos talentos de diferentes áreas, mas formar um time é sempre um desafio. O mais importante agora é reunir o time, dividir as funções no barco. Formar a tripulação mesmo. Vai ser um aprendizado, pois nem todo mundo velejou nesse barco.
O evento-teste serve de preparação para a primeira edição da SSL Gold Cup que será realizada na Suíça, de maio a junho de 2022. Na primeira fase de treinos, que terminou no último domingo (19), o vencedor foi a África do Sul.
A ideia da competição é fazer uma Copa do Mundo de vela, reunindo, num mesmo veleiro, os melhores velejadores de cada país. São 56 nações inscritas para as provas do ano que vem. Os barcos são de 47 pés cedidos pela organização.
— Primeiro evento da seleção brasileira de vela será muito importante para entendermos quais os pontos fracos da equipe e poder trabalhar nas soluções — finalizou Bruno Prada, gerente da equipe:
— Um campeonato entre nações é muito legal. A vela finalmente terá o equivalente a uma Copa do Mundo de futebol. O objetivo é fazer o barco da forma mais simples possível. Se colocar muita tecnologia, cria-se dificuldade para velejar. Mas não é um barco fácil, pois terá uma série de detalhes. O que vai valer é a capacidade da tripulação de manusear os cabos e ajustar as velas.