Na véspera do jogo entre Brasil e Argentina, no domingo (5), em São Paulo, pelas Eliminatórias, a Associação do Futebol Argentino (AFA) realizou um pedido formal ao Ministério da Saúde, à Casa Civil e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitando a liberação dos quatro jogadores que passaram pelo Reino Unido da obrigatoriedade de ficar em quarentena por 14 dias. As informações foram divulgadas pelo ge.globo.
Ainda de acordo com a publicação, a resposta final do Ministério da Saúde, negando o pedido de excepcionalidade, foi assinada eletronicamente às 15h09min do domingo, ou seja, 50 minutos antes da realização do clássico sul-americano.
O primeiro contato por parte dos argentinos foi feito após uma reunião com autoridades sanitárias brasileiras, na tarde sábado, onde eles foram informados da necessidade do cumprimento do protocolo estabelecido contra a covid-19.
Desta forma, o responsável médico da AFA escreveu um e-mail com a solicitação à Coordenação de Vigilância Epidemiológica de Portos, Aeroportos e Fronteiras (CIEVS), uma unidade da Anvisa, que encaminhou a mensagem para endereços do Ministério da Saúde, da Casa Civil e da própria Anvisa.
O Ministério da Saúde deu a resposta minutos antes do duelo, conforme documento obtido pelo ge.globo, assinado pelo secretário-executivo adjunto da pasta, Alessandro Glauco dos Anjos de Vasconcelos, que, em um dos trechos, destaca que a delegação argentina omitiu informações na chegada ao Brasil:
"Entende-se que houve omissão de informação por parte da delegação argentina em relação ao "histórico de viagens" de quatro jogadores, incorrendo, assim, em infração sanitária. Portanto, recomendamos que os quatro atletas permaneçam em quarentena no hotel, atendendo às regras sanitárias vigentes no Brasil."