A Polícia Federal confirmou nesta segunda-feira (6) que instaurou um inquérito para apurar se os jogadores argentinos envolvidos na confusão da partida entre Brasil e Argentina neste domingo (5) cometeram falsidade ideológica. Emiliano Martínez, Buendía, Cristian Romero e Giovani Lo Celso poderão responder criminalmente por darem declarações falsas sobre os locais onde eles haviam passado antes de entrar no Brasil para disputar o jogo, válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.
Um documento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), obtido pelo portal G1, mostra que os documentos de acesso ao Brasil dos quatro atletas foram falsificados. Os jogadores estiveram no Reino Unido antes de chegarem ao país para o jogo — por conta disso, pela legislação brasileira, deveriam ter feito uma quarentena de 14 dias, o que não foi cumprido.
A infração culminou na interrupção da partida por agentes da Anvisa e da Polícia Federal. O jogo foi suspenso, e os quatro jogadores argentinos foram ouvidos e notificados a deixar o país pelo aeroporto de Guarulhos — um procedimento padrão, de acordo com a PF.
Além disso, os jogadores da delegação argentina também serão investigados pela Anvisa por descumprir as medidas sanitárias impostas pela pandemia da covid-19, que restringe o acesso de estrangeiros ao Brasil.