Desde que deixou o Inter em 2016, na tentativa de salvar a equipe do rebaixamento para a Série B do Brasileirão, Paulo Roberto Falcão não treinou mais nenhum clube. Mesmo assim, segue no hall de grandes ídolos do Colorado e do futebol brasileiro.
Em entrevista ao Sala de Redação, da Rádio Gaúcha, que vive semana comemorativa aos 50 anos do programa, o ex-jogador e ex-treinador de Inter e Seleção Brasileira saudou o aniversário do programa e comparou o Sala a um time de futebol.
— O Sala sempre foi praticamente um time de futebol. Tem quem defende, que normalmente são os torcedores identificados, quem organiza, que solta a bola para os outros baterem, e quem bate. Tem o capitão, que agora é o Pedro (Ernesto), assim como o futebol tem muita vaidade — disse, aos risos, Falcão que completou:
— O programa está muito light. Eu estava ouvindo enquanto esperava a ligação de vocês, e a discussão está em alto nível. Já vi o Sala com muitas confusões, com gente levantando para bater no outro e o pessoal tendo que apartar.
O treinador também falou sobre a contratação de técnicos estrangeiros pelos times brasileiros e defendeu que os clubes deem suporte a quem veio de fora do país.
— Eu sou contra a reserva de mercado, tem que valer a competência. Mas, ao mesmo tempo, sou contra o modismo também. Acredito que, quando alguém vem de fora, precisa de alguém do clube para dar suporte, alguém com a capacidade até para ajudar o treinador, que dê um toque para o treinador, que tenha prestígio, tenha história, como o exemplo do Muricy no São Paulo — pontuou.
Falcão também comentou a demora para a contratação de um novo treinador, como a situação que o Inter vive no momento, salientando que isso mexe com o grupo de jogadores.
— Acaba gerando uma dúvida. Quem vem, quem não vem. Estou falando no geral. Depende do resultado para tal pessoa ficar. Evidente que não é legal, não traz proveito para o grupo de jogadores. Eles são muito rápidos de raciocínio. Em uma conversa, o jogador já sabe se vai abraçar o profissional ou não — finalizou.