Enquanto os jogadores da Seleção Brasileira tentam manter o foco no confronto diante do Paraguai, nesta terça-feira (8), pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, o presidente da CBF, Rogério Caboclo, sofre pressão de todos os lados para deixar o cargo.
O dirigente perdeu apoio dos pares do Conselho de Gestão da entidade e tem visto os patrocinadores da Seleção se manifestarem publicamente pedindo a investigação das denúncias de assédio sexual feitas por uma funcionária da confederação.
O ge.globo noticiou que os diretores da CBF apoiam o afastamento de Caboclo do cargo, após sugestão do Conselho de Governança e Conformidade da entidade. Segundo apurou GZH, a maioria dos vice-presidentes da CBF também é favorável à saída, que já tratada como "questão de tempo".
Uma conversa virtual foi realizada entre os vices na noite de sábado (5) para tratar do tema. Mesmo que o assunto seja a principal pauta nos bastidores, uma reunião formal deve ocorrer na sede da entidade, no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira.
No encontro, os vice-presidentes tentarão fazer Caboclo reconsiderar sua posição e optar pelo afastamento. No último sábado, o presidente reafirmou nos bastidores que quer seguir no cargo. Para alguns, a saída do mandatário da Confederação aliviaria o ambiente junto aos patrocinadores, e até junto à comissão técnica e ao grupo de jogadores. A presença de Caboclo no vestiário do Beira-Rio, antes do jogo contra o Equador, provocou constrangimento.
Se o dirigente realmente pedir afastamento temporário, um dos oito vice-presidentes seria o substituto após escolha da cúpula da CBF. Neste cenário, o favorito é Castellar Neto, ex-presidente da Federação Mineira. Se houver renúncia, o vice mais velho, Antônio Carlos Nunes, assume e convoca uma nova eleição — e somente estes oito vice-presidentes podem concorrer, com votação de presidentes de federações e clubes. O vencedor do pleito completaria o mandato de Caboclo, até 2023.