Depois do empate em 2 a 2 entre Palmeiras e Corinthians nesta quarta-feira (3), na Arena do Corinthians, o técnico Abel Ferreira falou sobre o surto de covid-19 no adversário, que teve o desfalque de oito jogadores por estarem contaminados, e comentou a situação da pandemia no Brasil.
— Temo, temo (um surto no Palmeiras). Tive uma conversa com nosso diretor. Preferia jogar contra o Corinthians com força máxima, clássicos são bons para isso. Mas, mais do que falar do que passou no Corinthians, quero falar no geral — apontou o técnico português, antes de complementar:
— Quando cheguei aqui, fiquei espantado. Na Europa, tivemos dois lockdowns, que era só ficar em casa. Quando cheguei aqui, vi que, de fato, as regras tinham de ser mais rígidas. Assusta a quantidade de mortos. Sou apaixonado pelo futebol, mas futebol sem vida não é nada. O que posso dizer é para que sejamos responsáveis. Assusta quando ligo o jornal e vejo as notícias, os hospitais lotados. Temos de esquecer o clubismo, a rivalidade, e lutar por uma causa. A covid é um rival que não tem dó, que mata.
Além do temor de Abel Ferreira com seus comandados, outro medo que o treinador palmeirense teve nesta quarta-feira foi o risco de lesões, já que a chuva durante a partida foi forte.
— Foi determinante (a chuva). Quem estava em casa viu. Tivemos dois jogos. Um jogo até os 30 minutos, onde fomos superiores, e depois quando apareceu a chuva. É só ver como o nosso adversário fez os gols, se adaptou bem. A chuva tem influência direta sob as características do time que tínhamos em campo. Nosso meio gosta mais de trabalhar a bola, de jogar, de construir, não é um meio-campo de bola no alto, de segundas bolas — finalizou.
O clássico paulista foi válido pela segunda rodada do Campeonato Paulista e marcou a estreia do Palmeiras no torneio. O próximo confronto da equipe de Abel é diante do Grêmio, às 18h de domingo (7), pela volta da final da Copa do Brasil. O Palmeiras tem vantagem do empate por ter vencido o primeiro jogo por 1 a 0.