Bruno Soares e Luisa Stefani começaram muito bem a chave de duplas mistas do Aberto da Austrália. Neste domingo (14), eles derrotaram a letã Jeļena Ostapenko e o holandês Matwé Middelkoop por 2 a 0, parciais de 7/5 e 6/4, após 1h03min de partida.
Para Luisa a partida serviu como recuperação da derrota ocorrida horas antes, na chave de duplas femininas, quando ela e a norte-americana Hayley Carter caíram para as japonesas Ena Shibahara e Shuko Ayoama, nas oitavas de final.
— Pena hoje. Japonesas estavam bem sólidas, jogando super bem, foram superiores. Jogo para aprender para pegar elas na próxima. Muito feliz com a estreia na dupla mista com o Bruno, bem legal essa experiência. Boa vitória para começar a semana — avaliou a tenista brasileira, que é a número 31 do ranking mundial de duplas.
Além da vitória que garantiu vaga na segunda rodada, equivalente às oitavas de final, o mineiro e a paulista também fizeram história, já que desde a primeira rodada de Roland Garros em 1991, o Brasil não tinha uma parceria 100% nacional em uma chave mista de Grand Slam. Na oportunidade, a brasiliense Cláudia Chabalgoity e o paulista Cássio Motta foram eliminados pelo argentino Gustavo Luza e a húngara Andrea Temesvari.
Na segunda rodada, Bruno e Luisa irão enfrentar os australianos Samantha Stosur e Matthew Ebden, que passaram pelos cazaques Elena Rybakina e Alexander Bublik por 6/1 e 6/4. A dupla da casa joga com um convite da organização e é bastante experiente. Stosur venceu as mistas em Melbourne 2005, com o compatriota Scott Draper, e Ebden ergueu o troféu em 2013, com a eslovaca naturalizada australiana Jarmila Gajdošová.
Esta é a primeira vez que Bruno Soares e Luisa Stefani atuam juntos. O mineiro tem três títulos de duplas na carreira. Ele venceu na Austrália em 2016, com a russa Elena Vesnina, e foi duas vezes campeão do Aberto dos Estados Unidos, em 2012 com a também russa Ekaterina Makarova, e em 2014 com a indiana Sania Mirza.
Além dos três títulos de Soares, o Brasil ainda tem mais duas conquistas nas mistas. Em 1960 com Maria Esther Bueno e o australiano Robert Howe e em 1975 com o gaúcho Thomaz Koch e a uruguaia Fiorella Bonicelli, ambos em Roland Garros. Ainda no saibro francês, Cássio Motta e a paulista Cláudia Monteiro foram finalistas em 1982.