A Associação Mundial de Boxe (WBA) cassou de Manny Pacquiao o título mundial dos meio-médios. Motivo: o longo período em que o filipino está sem defender o cinturão, conquistado em julho de 2019, ao derrotar o norte-americano Keith Thurman.
Segundo um artigo do regulamento da WBA, "quando um campeão não pode defender o cinturão por razões médicas, legais, ou de outras razões além de seu controle, pode ser nomeado campeão em recesso".
Com isso, segundo a AMB, Pacquiao é apontado como "campeão em recesso" e o novo campeão é o cubano Yordenis Ugás. Logo após o anúncio, surgiram boatos de que uma luta de unificação poderá ser acertada em breve entre Ugas e o norte-americano Errol Spence Jr., dono dos cinturões do Conselho Mundial e Federação Internacional de Boxe.
Medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008, na categoria leve, Ugás se pronunciou nas redes sociais:
— Obrigado à AMB por me colocar no posto de supercampeão. Vou fazer o meu melhor pelo esporte. Manny Pacquiao é uma lenda e continuará sendo campeão. Sua intenção era lutar contra (Conor) McGregor e depois contra Ryan (García), mas não se pode, escondido em sua história, se apropriar de um campeonato — disse o boxeador de 34 anos, que foi ouro do peso leve nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro em 2007.
Pacquiao, que é senador nas Filipinas, passou o último ano concentrado em ajudar seus compatriotas no período de pandemia e pretende voltar aos ringues este ano, aos 42 anos, para fazer pelo menos mais duas lutas antes da aposentadoria.