O gaúcho Henrique Franke, 31 anos, começou a escalar em 2012. Natural de Porto Alegre, ele tem como objetivo entrar para a história do montanhismo brasileiro e atingir um feito que nenhum outro conterrâneo alcançou.
O plano inicial é ir do cume do Monte Everest, ponto mais alto do mundo, ao pico do Lhotse, no Nepal, em um mesmo dia. O desafio não para por aí. O roteiro passa também pela escalada ao topo do Broad Peak (8.051 metros), no Himalaia .
As rotas fazem parte de um projeto ainda maior estipulado por Franke, o Catorze 8.000+, que consiste em escalar as 14 montanhas mais altas do mundo, todas com mais de 8 mil metros de altitude, localizadas nas cordilheiras do Himalaia e do Caracórum, entre os territórios do Nepal e do Paquistão, além da China e da Índia. Até hoje, apenas 40 praticantes da modalidade conseguiram a marca, nenhum deles do Brasil.
Duas etapas deste propósito já foram vencidas pelo montanhista. O próprio Everest, em 2018, e o Manaslu, em 2019.
— A ideia com o projeto era de fazer ao menos uma expedição por ano, mas a pandemia alterou a viagem de 2020. Neste ano, escalaria o Cho Oyu (a sexta montanha mais alta, também localizada no Nepal). A obrigatoriedade do adiamento (por conta da pandemia) me ajudou a planejar e estruturar os roteiros, permitindo a escolha por um caminho inédito — conta.
A decisão de qual dos trajetos ele fará em 2021 será feita mais próxima da data prevista para o embarque, isso porque depende dos protocolos de segurança definidos para a reabertura das montanhas e da situação da pandemia na região. A ideia de Franke é embarcar no final de março. Caso não seja possível, a expedição será realizada a partir de junho. No total, as jornadas duram aproximadamente dois meses.