A Fifa suspendeu o processo eleitoral em curso na Federação de Futebol da Costa do Marfim (FIF) após esta entidade rejeitar os documentos apresentados ex-jogador Didier Drogba, candidato à presidência, segundo informações encaminhadas nesta sexta-feira à AFP pelo organismo que rege o futebol mundial.
"Pedimos que sejam suspensas todas as ações relacionadas ao processo eleitoral até novo aviso", escreveu a Fifa em uma carta enviada ao diretor-executivo da FIF em 27 de agosto.
A eleição do novo presidente da federação marfinense tornou-se uma batalha que está afetando a administração do organismo. É a segunda intervenção da Fifa em menos de uma semana.
A comissão eleitoral da FIF rejeitou na quinta-feira a candidatura do ex-atacante à presidência da entidade. Segundo o órgão, Drogba não cumpria as condições para ser eleito, pois não tinha o apoio mínimo.
Drogba teve "um período de cinco dias" para comparecer à comissão de apelações. Seus assistentes disseram "não se surpreender com a rejeição", garantindo que "vão reagir".
A Fifa havia anunciado na semana passada o cancelamento de uma assembleia geral da FIF que pretendia mudar a comissão eleitoral no pleito para o novo presidente.
A comissão eleitoral, liderada pelo ex-ministro do Esporte da Costa do Marfim, René Diby, havia sido "suspensa devido a graves deficiências" pela comissão de emergência federação nacional, que havia agendado uma assembleia geral extraordinária em 29 de agosto para nomear outra comissão.
A Fifa considerou que "o comitê de emergência (da FIF) não tem competência para suspender o processo eleitoral da FIF", segundo um e-mail enviado à federação em 21 de agosto e encaminhado à imprensa.
* AFP
