Juntos, os elencos de Bayern e PSG estão avaliados em mais de R$ 11 bilhões, ficando entre os cinco maiores do mundo. Para efeitos de comparação, a Dupla Gre-Nal tem valor de mercado de R$ 818 milhões. Tamanho poder econômico estará em disputa neste domingo (23), às 16h,na tão esperada final da Liga dos Campeões da Europa de 2020.
De um lado, um tradicional clube alemão, com 120 anos de história, cinco títulos continentais e pela 11ª vez em uma final europeia. Do outro, um cinquentenário time francês que foi comprado por um fundo de investimentos do Catar há nove anos e que só neste período gastou R$ 8 bilhões.
No meio de tanto gasto, o Paris Saint-Germain contratou o brasileiro Neymar, junto ao Barcelona, em 2017. Foi o negócio mais valioso da história do futebol: 222 milhões de euros, cerca de R$ 820 milhões pela cotação da época. O meia já ganhou tudo na França com o PSG, marcou 70 gols em 84 partidas, mas só agora chegou tão perto do objetivo pelo qual foi contratado: vencer a Liga dos Campeões e tornar o Paris um clube reconhecido mundialmente pelas suas conquistas. Em 2020, Neymar tem quase um gol por jogo. Nesta reta final não marcou, mas deu assistências fundamentais na virada sobre a Atalanta e na goleada sobre o RB Leipzig. É o grande momento dele na França.
Se Neymar vive uma fase excelente, o que dizer de Robert Lewandowski? O polonês é a principal referência do Bayern em 2020. Um dos pilares da afirmação de um time que encanta o mundo pela potência no ataque: 42 gols em 10 jogos da Liga dos Campeões, 15 marcados por "Lewa" que está a dois gols de igualar Cristiano Ronaldo como maior artilheiro em uma única edição do torneio (17 gols em 2014). Apoiado por um trio de meias de alta qualidade (Gnabry, Müller e Perisic), Lewandowski pode não ter a técnica de Neymar, mas é um definidor especial. Em seis temporadas no Bayern, tem 245 gols e 12 títulos nacionais, sendo artilheiro de quatro das últimas seis edições da Bundesliga.
A sensação é clara: o título da Liga pode ser decisivo na escolha do melhor do mundo. E tanto Neymar quanto Lewandowski surgem como favoritos por serem protagonistas nos times finalistas. Em um ano sem a tradicional "Bola de Ouro", cancelada pela revista France Football em virtude da pandemia de coronavírus, o "The Best", entregue pela FIFA, deverá ser a única premiação ao craque da temporada. Outros fatores também contribuem: ano sem Copa do Mundo, Eurocopa cancelada e as eliminações precoces de Barcelona e Juventus, deixando pelo caminho os excepcionais Lionel Messi e Cristiano Ronaldo.