O governo de Santa Catarina, após reunião com representantes da Federação Catarinense de Futebol (FCF) e da Associação de Clubes SC, além dos médicos dos clubes participantes do torneio, determinou a paralisação do futebol no Estado por 14 dias. A decisão foi consequência dos casos recentes de covid-19 nos clubes que disputam o Campeonato Catarinense.
Ainda não foi definido se as equipes poderão seguir treinando. Nesta terça-feira (14) será realizada mais uma reunião entre profissionais da saúde e médicos dos clubes para definir um novo protocolo sobre o retorno do futebol. Ficou acordado que as exigências serão maiores do que as atuais.
Após a reunião, o governo informou que criou uma comissão de médicos dos clubes para "avaliar a adoção de protocolo mais rígido, com o objetivo de garantir a segurança a funcionários e atletas dos clubes".
Contando com a presença de infectologistas, a comissão começará a funcionar nesta terça-feira.
— É uma doença nova, com suas nuances e riscos diante de contato. Por isso, estaremos avaliando com esse grupo as medidas adotadas daqui para frente para atender aos clubes, garantido toda segurança aos funcionários e familiares — disse Raquel Bittencourt, superintendente de Vigilância em Saúde da secretaria Estadual da Saúde.
A Federação Catarinense de Futebol (FCF) ainda não se pronunciou sobre a determinação do governo de colocar o futebol do Estado em quarentena. Com isso, a tendência é que a entidade confirme, nas próximas horas o adiamento da partida entre Tubarão e Concórdia.
O Campeonato Catarinense havia retornado na última quarta-feira após paralisação de quase quatro meses por conta da pandemia do novo coronavírus. Mas uma série de casos positivos causaram o adiamento de todos os jogos de volta das quartas de final.
Somente a Chapecoense confirmou 14 casos entre elenco e funcionários. Também foram contaminados o técnico Moisés Egert, do Marcílio Dias, o volante Patrick, do Figueirense, dois atletas do Criciúma e dois jogadores e dois integrantes do departamento médico do Joinville.