A divulgação de que os testes de profissionais da Chapecoense apontaram 14 casos positivos de coronavírus antes do jogo de volta contra o Avaí, pelas quartas de final do Campeonato Catarinense, não só cancelou a partida, mas fez com a que a federação daquele estado suspendesse a rodada deste final de semana. Há também testes positivados no Criciúma, no Figueirense e no Joinville.
Como no meio da semana houve as partidas de ida, todos os envolvidos nos confrontos passam a viver a situação de suspeitos para covid-19. No momento em que existe uma projeção e o debate é forte sobre a volta do Guachão no próximo dia 23, surge mais do que um sinal de alerta.
O certame de Santa Catarina passou a correr alto risco de ser paralisado por tempo indeterminado. Aquele Estado, tal qual o Rio Grande do Sul, vive o pior momento da pandemia, com curva ascendente de casos. Por aqui, as decisões, por enquanto, indicam volta de treinos em conjunto e convivem com a polêmica sobre a prioridade e o risco do retorno do futebol.
É bom lembrar que a coordenação de pesquisas do coronavírus no RS, através do reitor da Universidade de Pelotas, Pedro Hallal, condenou a liberação de treinos em conjunto e jogos. Sua palavra tem tido muito peso junto ao governador Eduardo Leite.
O caso catarinense certamente servirá de reforço para as argumentações contrárias à volta do Gauchão. O risco se mostrou muito alto a poucos quilômetros da divisa com o Rio Grande do Sul. Repensar o que foi encaminhado, mas não decidido oficialmente, é uma obrigação de todos, ainda que se decida insistir na retomada.
A semana que vem também será de esclarecimentos em Santa Catarina. Mas a projeção das curvas de casos e óbitos, infelizmente, não prevê redução.