A pandemia do coronavírus paralisou há mais de um mês o calendário da vela da classe Oceano no Brasil, mas mesmo mantendo o isolamento social como é determinado, os velejadores não abandonam o esporte e seguem à todo vapor de forma virtual no game online Virtual Skkiper, febre entre os praticantes do esporte que simula regatas de oceano pelo mundo.
— Com essa questão da pandemia e não podermos ir para o mar tem pegado fogo as regatas virtuais e a que mais se assemelha a nossa regata de oceano é o Virtual Skkiper com gente que joga há muito tempo que pode-se jogar em casa sozinho ou online e tem participação de velejadores do mundo todo. É um jogo super tático, regatas em média levam 20 a 30 minutos, com regras da World Sailing (Federação Internacional de Vela) e barcos ACC (antigos barcos da Americas Cup) — revela Francisco Freitas, membro do barco San Chico, do Clube Jangadeiros do Rio Grande do Sul, membro da Associação Brasileira de Veleiros de Oceano.
Francisco lançou uma iniciativa no começo de abril com a disputa do Virtual Skkiper Cup Brasil que fez tanto sucesso que vai para a segunda edição com o apoio da ABVO. O II Virtual Skkiper Cup Brasil será realizado nas próximas semanas semanas nos dias 27 e 29 de abril e 4 e 7 de maio. O cenário da disputa serão as águas da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro.
— Em 12 horas encerramos todas as 30 inscrições da primeira edição. Estamos nos preparando nesta segunda edição com três servidores, com três salas, três raias e essas regatas serão em grupos, estamos prevendo 90 velejadores. A cada dia os grupos vão se misturar e no grupo amarelo, azul e verde. No dia seguinte o velejador que correu em um grupo será misturado em outros grupos da forma que se tenha as flotilhas mais misturadas possíveis. Serão seis regatas e descarta uma. Depois teremos a classificação geral separando em Série Ouro, Prata e Bronze para a fase final com os barcos da Série Ouro com os melhores barcos em disputa com a pontuação zerada com mais seis regatas com descarte de uma —explica o vice-comodoro do Jangadeiros.
A competição deverá ter a participação de velejadores sul-americanos, como revela Francisco Freitas.
— Já vinhamos promovendo algumas regatas e sempre com uma ótima adesão, inclusive de velejadores argentinos, chilenos. A tendência é que tenhamos participantes destes países e mais uruguaios. Estamos com boas perspectivas - conclui.