O Arsenal não chegou a um acordo com seus jogadores profissionais a respeito de uma redução salarial em decorrência da crise do coronavírus. Os atletas recusaram a oferta de diminuição de seus vencimentos em 12,5% pelos próximos 12 meses, segundo o jornal The Telegraph.
Para tornar mais palatável a proposta, o clube colocou na mesa incentivos nos próximos contratos. Qualquer jogador que assinasse um novo compromisso receberia um reembolso do valor retirado de seus salários.
Outra cláusula previa que os atletas vendidos pelo Arsenal levariam integralmente o dinheiro que haviam perdido na redução. Mas isso não foi suficiente para convencer os jogadores, cientes de que o mercado de transferências deve ser bem fraco.
A negociação entre o clube e o elenco profissional está ocorrendo porque não se chegou a um acordo coletivo no Campeonato Inglês. A Premier League buscou uma redução geral de 30%, que foi recusada pela associação de jogadores.
Há uma tensão clara nessas negociações. Os atletas têm se mostrado incomodados em ser retratados como gananciosos e entendem que seu dinheiro deveria ir para a saúde, não ficar com os clubes. Alguns deles se juntaram em generosas doações.
Já as agremiações apontam que o prejuízo é de todos. De acordo com os dirigentes, a perda poderá chegar a 750 milhões de libras (R$ 4,86 bilhões) se a temporada for cancelada e a liga tiver de reembolsar as emissoras de TV pelas transmissões não realizadas.