Investigação do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB, na sigla em inglês) acredita que o helicóptero que transportava Kobe Bryant, sua filha e outras sete pessoas no último domingo (26) ficou de 6 a 10 metros de escapar da colisão com a encosta que determinou a tragédia.
Durante entrevista coletiva na última terça-feira (28), Jennifer Homendy, integrante do NTSB, órgão que apura as possíveis causas do acidente que matou a lenda do basquete norte-americano, também disse que a queda da aeronave se deu de maneira muito rápida.
Ela afirmou que, segundo investigadores, o piloto tentou sair de uma camada de nuvens, mas a aeronave se inclinou de maneira brusca, seguiu direto em direção ao solo, bateu em uma encosta e explodiu em chamas. Do momento da manobra até a queda foram cerca de 60 segundos.
Segundo Homendy, não havia no helicóptero nenhum sistema de alerta de terreno, que poderia avisar o piloto sobre a proximidade de uma encosta. Também não existia uma caixa-preta com gravador de dados de voo, o que dificulta as investigações. Ainda na entrevista, a representante do NTSB afirmou que a apuração das causas do desastre deve levar cerca de um ano.
Na última segunda (27), já haviam sido divulgados áudios da comunicação das torres de controle em Los Angeles com o helicóptero. No último contato, a aeronave já estava em Calabasas, local da queda, a apenas de 450 metros de altitude.
Após isso, dados de radar mostraram que o helicóptero Sikorsky S-76B subiu a cerca de 700 metros para tentar escapar das nuvens e começou uma curva à esquerda antes que o controle de tráfego aéreo perdesse de vez a comunicação.
As condições climáticas na região de Calabasas, no estado da Califórnia, relatadas pelas autoridades locais, não eram adequadas para voos. Havia muita neblina na região do acidente, o que pode explicar o motivos de o piloto do Sikorsky S-76B estar voando tão baixo naquele momento.