Às vésperas de fazer sua centésima partida com a Seleção Brasileira, Neymar afirmou ter privilégios na equipe e defendeu isso. O atacante disse merecer um tratamento diferente por "ser um dos principais nomes" da equipe do técnico Tite.
— Quanto às críticas que o Tite recebe sobre me proteger, eu não tenho o que falar. Eu estou na Seleção há quase dez anos. Desde a primeira vez que eu pisei aqui, eu sempre tive muita responsabilidade e sempre fui um dos principais nomes, um dos que carregavam praticamente tudo nas costas — disse Neymar, antes da partida entre Brasil e Senegal, marcada para as 9h (horário de Brasília) desta quinta-feira (10). Ele ainda completou:
— Quando um atleta de alto nível é considerado um dos melhores do mundo, por que não tratá-lo de forma diferente? Não pode existir inveja do resto do time.
Neymar respondeu, mais de uma vez em sua entrevista por que acha justo ele ter tratamento diferenciado. Segundo o atacante, ter privilégios foi um "espelho" que o incentivou a treinar mais e melhorar durante sua carreira.
— Trabalhei com o Messi e ele tem o tratamento diferente. Por que ele é bonito? Não. Porque ele decide. Ele conquistou aquilo. Ele está assim depois do que alcançou. Não estou falando só de mim, estou falando de todos os atletas que têm tratamento diferente. Não estou deixando a humildade de lado — afirmou.
Com duas lesões graves nos últimos dois anos, Neymar perdeu as partidas decisivas do Paris Saint-Germain na Liga dos Campeões em 2019 e em 2018. O clube acabou eliminado nos dois anos. Na Seleção Brasileira, os problemas afetaram seu desempenho na Copa do Mundo da Rússia do ano passado. Ele também acabou cortado da última Copa América.
— Eu só não estive lá (entre os melhores do mundo) porque me machuquei, fiquei muito tempo fora e isso atrapalha. Mas se você analisar e pegar jogos, números, você vai ver que eu nunca deixei de jogar futebol. Infelizmente, isso na vida de um atleta pode ocorrer, as lesões — ressaltou.
O brasileiro já figurou entre os três melhores do mundo da Fifa ao lado de Cristiano Ronaldo e Messi, mas na última temporada nem sequer ficou entre os onze melhores da premiação.