A pressão por resultados será o grande obstáculo das principais seleções que disputarão a Copa América 2019, que terá início na próxima sexta-feira, no Brasil. O maior exemplo é a Seleção Brasileira. Além de ser o país-sede, o técnico Tite precisa do título para apagar o impacto negativo da derrota na Copa 2018 e se garantir no cargo para o Mundial de 2022. Como se não bastasse, a equipe perdeu Neymar, seu principal jogador, lesionado e envolvido em uma polêmica denúncia de estupro.
Mas a cobrança por vitórias não é exclusividade do Brasil. Sem títulos desde 1993, a Argentina é uma grande incógnita. Após uma má Copa do Mundo, o novo técnico Lionel Scaloni ainda não conseguiu encontrar um time ideal, um padrão de jogo e muito menos mostrar boas atuações. A esperança, como sempre, é Lionel Messi.
A Colômbia também se cobra por fazer uma grande Copa América. Com o experiente técnico português Carlos Queiroz no comando, existe a ideia naquele país de que a grande geração de James Rodriguez, Cuadrado e Falcao Garcia não pode ficar sem conquistar ao menos um título. Já o Chile, apesar de ser o atual bicampeão, precisa curar a ferida de ter ficado fora da última Copa. O Equador, por sua vez, tentará se recuperar do fiasco das últimas Eliminatórias.
Entre as principais seleções, uma exceção é o Uruguai, que chega com mais tranquilidade. O técnico Óscar Tabárez está há 13 anos no cargo e possui uma base sólida, liderada por Suárez e Cavani. É candidato ao título.
Mas há também as seleções que não colocam tanta expectativa assim na Copa América e pretendem utilizar o torneio como um laboratório de luxo para fazer uma boa Eliminatória. São os casos de Bolívia, Paraguai, Venezuela e Peru. Sem perspectivas de título, essas equipes buscam renovar seus elencos de olho no Mundial do Catar.
Por fim, há os asiáticos Catar e Japão, convidados especiais da Conmebol. Com equipes muito jovens, essas seleções vêm ao Brasil de sangue doce, para experimentar seus garotos em um torneio competitivo. O fato é que, para as principais seleções, a pressão pelo título e por boas atuações será a grande marca da competição.