De 2003 a 2005, Diego Gavilán foi campeão estadual pelo Inter. Em 2007, fez parte da equipe do Grêmio vice-campeã da Libertadores. Neste ano, comandou o Pelotas na disputa do Gauchão. Apesar de tanta identificação, o ex-volante retornou ao Paraguai, seu país natal, de onde acompanhará à distância o jogo contra o Brasil, nesta quinta-feira (27), pelas quartas de final da Copa América.
O que podemos esperar deste jogo?
São duas realidades bem diferentes, opostas. O Brasil é candidato a ganhar a Copa e o Paraguai está começando um processo novo, com um treinador novo, que está tentando armar uma equipe competitiva. O início não está sendo tão bom, então vai ser uma partida muito difícil para nós.
O Brasil foi eliminado pelo Paraguai nas Copas Américas de 2011 e 2015. Ainda assim, seria muito surpreendente se isso acontecesse de novo?
Todo mundo que acompanha futebol sabe que a Copa América começa de novo agora. Em um jogo de mata-mata, pode acontecer tudo. Paraguai passou por uma chave difícil, mas a possibilidade de enfrentar o anfitrião mexe com os jogadores. E temos jogadores que têm capacidade de passar pelo Brasil. Mas nossa realidade é outra.
Você já enfrentou o Brasil em Porto Alegre?
No Beira-Rio (goleada brasileira por 4 a 1, no Beira-Rio, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2006), eu fiquei no banco. O único jogo que fiz contra o Brasil foi no Olímpico, nas Eliminatórias de 2002. Jogar contra o Brasil e a Argentina é outra motivação. Mais ainda quando eles são donos da casa. Superá-los cria uma situação de fator anímico.
Você participou de uma geração de ouro com Arce, Gamarra, Rivarola. O Paraguai pode ter uma geração próxima daquela de novo?
Estamos longe ainda. Os resultados eram confirmados com vitórias sobre o Brasil, classificações seguidas para a Copa do Mundo. E agora estamos há duas Copas sem participar. Mas existem jogadores de qualidade, como Gustavo Gómez, campeão brasileiro com o Palmeiras, Gatito Fernández que é um bom goleiro, Balbuena, que já foi campeão com o Corinthians. Cito três nomes que têm capacidade e que vocês conhecem bem.
Tem palpite para o jogo desta quinta?
Meu palpite é que ganhe o Paraguai. Sempre falei que o Brasil e Porto Alegre são minhas segundas casas, mas, é lógico, fiz parte da história da seleção paraguaia. A seleção me deu tudo e sou fã da seleção. Então, vou pelo Paraguai.