A Copa América para o Japão está servindo como aprimoramento. Sede dos Jogos Olímpicos de 2020, a seleção asiática trouxe ao Brasil a base de sua equipe sub-23 que, em Tóquio, terá a missão de buscar um lugar no pódio.
Na estreia, depois de um bom começo de jogo e de algumas chances desperdiçadas, o time japonês acabou sendo goleado pelo Chile por 4 a 0. A tentativa de recuperação será na quinta-feira (20), contra a força e a tradição do Uruguai, que aplicou 4 a 0 sobre o Equador na primeira rodada.
O segundo jogo de uruguaios e japoneses na competição será na Arena do Grêmio, onde, nesta quarta-feira, o técnico Hajime Moriyasu e o zagueiro Takehiko Tomiyasu concederam entrevistas coletivas.
Pelas palavras de ambos, ficou nítido que a grande preocupação do Japão está na dupla Cavani e Luis Suárez.
— É um time muito forte, com grandes atacantes. Mas não podemos ter medo. Será um desafio segurar esses jogadores — disse Tomiyasu.
O defensor de 20 anos ainda acrescentou outro fator que deve tirar o sono de seus companheiros:
— Com certeza, o Suárez fará um jogo que nos incomoda muito, com o corpo a corpo. Nós não gostamos disso. Será um desafio. Temos que saber suportar a pressão.
Já Hajime Moriyasu demonstrou os mesmos temores e fez um apelo a seus jogadores:
— Precisamos defender bem, resistir à pressão. Será um trabalho duro. Com certeza, uma de nossas armas será a velocidade, mas precisamos ter tomadas de decisão mais ágeis do que as apresentadas contra o Chile.
O Japão tem apenas cinco jogadores com idade superior a 23 anos, já que o objetivo final são os Jogos de Tóquio 2020.
— A Copa América é muito forte, com grandes jogos. O Brasil tem o futebol na sua cultura, faz parte da sociedade. Espero que o Japão avance para isso. Aqui (no torneio), estão os melhores do mundo. Mas não queremos só aprender, queremos ganhar também — finalizou o técnico Moriyasu.