O ex-jogador Roni, que teve passagens por Fluminense, Flamengo e Seleção Brasileira, foi solto na noite deste domingo (26) após ser preso durante o jogo entre Botafogo e Palmeiras, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, no último sábado (25). A prisão ocorreu devido a uma investigação da Polícia Civil do Distrito Federal em jogos de futebol organizados pela empresa Roni7 Eventos. Há suspeita de fraudes em borderôs com o objetivo de sonegar impostos.
Além de Roni, outras seis pessoas presas durante a operação foram soltas, entre elas o presidente da Federação de Futebol do Distrito Federal, Daniel Vasconcelos.
Eles prestaram depoimentos e foram liberados antes do fim da validade do mandado de prisão temporária. Os suspeitos não se manifestaram sobre as acusações.
Segundo a polícia, a empresa do ex-jogador Roni divulgava público menor do que o efetivamente presente nas arquibancadas e, assim, pagava menos impostos e taxas, calculados a partir da renda bruta informada. Vinte jogos estão sendo investigados, entre eles a partida entre Ferroviário e Corinthians pela Copa do Brasil, na qual haveria indício de fraude no borderô.
Os suspeitos podem ser indiciados por crimes como sonegação fiscal, associação criminosa, falsidade ideológica e, no caso de Vasconcelos, posse de arma de fogo.
A operação foi batizada como Episkiro, uma referência a um jogo com bola criado na Grécia que pode ter sido a origem do futebol moderno. Segundo a polícia, a palavra Episkiro pode significar também jogo enganoso.