A CBF já decidiu que a Seleção Brasileira vai utilizar as instalações da Granja Comary como concentração antes da Copa América. O centro de treinamento localizado em Teresópolis, no Rio de Janeiro, abrigará o grupo nos primeiros dias de preparação para a competição sul-americana, disputada no país entre os meses de junho e julho. A previsão é de que os convocados no dia 17 de maio comecem a se apresentar três dias depois e façam por lá testes e treinos iniciais. A permanência na Serra fluminense se dará apenas até a viagem para o primeiro dos dois amistoso previstos para o período.
A ideia é sair de Teresópolis no dia 4 de junho e passar a se deslocar de acordo com a tabela de jogos para as cidades-sede das partidas, utilizando-se de hotéis e dos centro de treinamentos locais. O jogo do dia 5 de junho deverá ser no Maracanã, contra o Catar. Em seguida, a Seleção viajará para Porto Alegre para o amistoso do dia 9, no Beira-Rio. Depois, a delegação ruma para São Paulo, onde estreia no torneio, dia 14 contra a Bolívia. Internamente esta estratégia itinerante é chamada de “colocar a casa nas costas”, visto que toda a estrutura se torna itinerante.
Se é verdade que a Granja Comary é um dos mais modernos locais de concentração e treinamento do Brasil, proporcionando uma estrutura espetacular em um ambiente de total conforto, tranquilidade e privacidade, a permanência prolongada cria uma sensação de isolamento para os atletas. Muitos lançam mão até do uso de helicópteros para seus familiares os visitarem ou para eles se deslocarem nos períodos de folga. Durante as competições, concentrar-se em Teresópolis representa viagens de mais de uma hora até o Rio de Janeiro por via terrestre em uma estrada sinuosa e, muitas vezes, sob intensa neblina, o que deixa mais demorado o deslocamento.
É da filosofia do diretor de seleções Edu Gaspar evitar hospedagens muito duradouras para o grupo da Seleção em único local. Mesmo na Copa da Rússia, quando a delegação tinha Sochi como base, havia a presença de familiares dos jogadores na cidade e uma convivência que mantinha folgas e saídas da concentração com certa regularidade. Isto dava uma dinâmica maior para os atletas que já sabiam que o Brasil não voltaria para lá se passasse das quartas-de-final contra a Bélgica, passando a ser itinerante até o último jogo.