O ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, se pronunciou pela primeira vez após o incêndio que vitimou 10 jovens atletas da categoria de base do clube no CT do Ninho do Urubu. Inicialmente, ele lamentou a tragédia, mas não demorou a se esquivar ao ser perguntado sobre as 31 multas recebidas pela diretoria.
— Esses assuntos nem sempre chegam à alta administração. Posso garantir que nunca houve nenhum tipo de interdição ou auto de interdição baseado em segurança de trabalho. Isso eu posso garantir. Estranho as declarações que a prefeitura (do Rio de Janeiro) tenha tentado interditar e não tenha conseguido. Isso é surreal. O que me lembro é que a prefeitura, através da Secretaria da Criança e do Adolescente elogiou o que vinha sendo feito pelo Flamengo justamente na questão sobre o tratamento das crianças. Sobre multas não sei dizer, mas a certeza de que não chegou nada ao Flamengo sobre problemas de segurança no alojamento —disse o ex-presidente do rubro-negro em entrevista à Rádio Globo.
Em seguida, Bandeira de Mello comentou sobre a qualidade dos alojamentos. Ele elogiou as instalações e disse que eram confortáveis, apesar de serem provisórias. O ex-cartola ainda lembrou que os próprios jovens elogiavam os cômodos e voltou a lamentar a tragédia.
— Era um alojamento confortável. Não era definitivo, estava programado que eles se mudariam para o módulo que obrigava os profissionais. Mesmo assim, era uma instalação que tinha condições de conforto. Elogiada por muitos deles, inclusive. Infelizmente, não se pode esquecer que aconteceu uma tragédia. Nada que eu disser vai trazer esses meninos de volta. Tenho certeza que a apuração dos fatos vai levar a verdade sobre o que ocorreu. Isso deve ser a base para todas as conclusões — afirmou Bandeira.