Cinco funcionários do Flamengo com atribuições no Ninho do Urubu, Centro de Treinamento do clube, serão intimados a depor nesta terça-feira (12) no âmbito das investigações sobre o incêndio ocorrido na última sexta-feira (8). Policiais cumprem diligências nesta segunda-feira (11) para intimação. Nomes e cargos não foram divulgados. A ideia é que os depoimentos sejam prestados a partir das 15h.
A polícia quer saber quem era o responsável pelo setor de manutenção do CT e também da gerência de patrimônio do clube. Os agentes buscam informações sobre os materiais da estrutura de contêiner do alojamento que pegou fogo. Até o momento, a principal suspeita é que uma pane no aparelho de ar-condicionado provocou as chamas.
Um reportagem da TV Globo mostrou que só havia uma porta de saída do dormitório e que a espuma de poliuretano, usada como material isolante térmico e de som da estrutura, soltava fumaça tóxica em caso de incêndio. A espuma é a mesma encontrada na estrutura da boate Kiss, em 2013.
O Flamengo afirmou neste domingo (10) que o material era "auto-extinguível", ou seja, que não propagava chamas.
Os atletas menores de idade estavam instalados em uma estrutura modular montada em um contêiner. Eles dormiam em beliches quando o incêndio começou.
Moradores da região de Vargem Grande, zona oeste do Rio de Janeiro, onde se localiza o CT do Flamengo, relataram que as chuvas que atingiram a cidade na semana passada provocaram diversos picos de luz no bairro.
A polícia investiga se as quedas de luz podem ter provocado um curto na rede elétrica, resultando em um incêndio. A investigação também apura se não houve negligência do clube em relação às condições de segurança do dormitório.