Em dois anos, Arthur foi do primeiro gol como profissional à maior negociação da história futebol gaúcho. Após assumir a titularidade no Grêmio, em 2017, foi chamado por Tite para a Seleção Brasileira e negociado com o Barcelona por 40 milhões de euros em março de 2018.
Cinco meses depois de chegar ao Camp Nou, o volante de 22 anos já conquistou a torcida, recebeu elogios da imprensa espanhola e de ex-ídolos do clube catalão e se firmou como titular da equipe treinada por Ernesto Valverde. Em entrevista a GaúchaZH, ele falou sobre a vida na Espanha, a experiência de jogar no Barcelona e o contato com ex-colegas de Grêmio. Confira:
Qual é a sua avaliação dos primeiros meses em Barcelona? Está sendo como você imaginava?
O que mais me surpreendeu foi essa dimensão que o Barcelona tem, pelo assédio de torcida, e é assim no mundo inteiro. Com a imprensa, em geral, tudo o que você faz tem mais visibilidade e causa uma impressão maior. Eu não tinha essa dimensão, e não tinha me dado conta de que seria tanto assim.
Como foi o primeiro contato com nomes como Messi e Suárez?
É uma experiência única, sou um cara privilegiado, porque era meu sonho de infância jogar no Barcelona. Desde pequeno sempre acompanhei estes craques, e hoje estar jogando e desfrutando o dia a dia ao lado deles é simplesmente incrível. Me surpreendeu muito também a humildade de todos eles, com um caráter espetacular. Sempre querem ajudar. Como eu sou um novato aqui, eles me abraçaram e ajudaram. Sou grato e me fortaleceu muito.
O que você gosta de fazer nas folgas em Barcelona?
Como não conhecia Barcelona, nas horas de folga fazemos turismo mesmo. Eu e minha família. Sempre que dá, vamos conhecer um lugar diferente. É uma cidade incrível, com vários pontos turísticos. Sempre damos uma "voltinha".
Já tem um lugar preferido na cidade?
O restaurante preferido é o do Rafinha (jogador do Barcelona). O La Carioca, que é um restaurante brasileiro. Por mais que a comida típica seja maravilhosa, sempre que dá matamos a saudade da comida brasileira.
Você ainda mantém contato com os ex-colegas de Grêmio?
Claro que mantenho o contato com todo mundo do Grêmio. Fiquei muitos anos no clube e se tornou a minha segunda casa. São mais do que colegas de trabalho. A gente era uma grande família. Gosto de todo mundo, então falo com quase todos diariamente.
E o Renato, que foi fundamental na sua carreira?
Desde que cheguei a Barcelona, só consegui falar com o Renato uma ou duas vezes. É difícil, ele não tem WhatsApp (risos). Então fica mais complicado. Mas ele tem meu respeito, a minha admiração. Ele foi realmente um "paizão" para mim. E nessas oportunidades que falei com ele recentemente, ainda me deu mais alguns conselhos. Sou muito grato a ele e ao Grêmio. Ter o carinho da torcida é algo muito importante.