A Polícia Civil abriu investigação sobre o golpe contra treinadores, supervisores e jogadores de futebol divulgado por GaúchaZH na quarta-feira (28). Segundo o delegado Joel Oliveira, da 1ª DP de São Leopoldo, já há uma hipótese sobre o crime.
— A primeira análise é de que seja uma ação de quadrilhas que agem nas prisões. Suspeito que seja ordem de dentro de presídios — afirmou.
O golpe do futebol seria uma variação de outras ações já corriqueiras, como as que pedem transferência de créditos para celulares ou transferências para contas bancárias de laranjas, exatamente como o caso ocorrido com o jogador Kaká, que depositou R$ 500 em uma conta sob a promessa de assinar contrato com o Aimoré, de São Leopoldo. Por se tratar de um crime já verificado em outros Estados, como São Paulo, Bahia e Santa Catarina, e o número que fez contato com o atleta ser de prefixo 77 (do interior baiano), haverá uma atuação em conjunto das polícias de todo o Brasil.
Algumas das vítimas gaúchas, como o técnico Gelson Conte, do Aimoré, serão chamadas para prestar depoimento. Além disso, não está descartada a quebra de sigilos bancários e telefônicos dos contatos já conhecidos.
— Queremos reforçar o alerta às pessoas para que desconfiem de qualquer mensagem e não façam qualquer depósito financeiro. O golpe é conhecido já e vale desde o pagamento de multas até a parentes — reforça o delegado Joel Oliveira.
No futebol, o golpe mais recente foi o denunciado por Conte. Ele registrou um Boletim de Ocorrência em São Leopoldo depois de ser procurado por Kaká, ex-lateral-esquerdo do Barcelona de Rondônia. O jogador mostrou conversas no WhatsApp com uma pessoa se passando pelo treinador e afirmando que queria contratá-lo para disputar o Gauchão pelo Aimoré. Prometendo salário de R$ 3,5 mil mais alimentação, moradia e academia no clube, o criminoso pedia que o atleta depositasse R$ 1 mil referente à transferência entre federações. Sem ter o valor total, Kaká pagou R$ 500. Após receber a verba, o estelionatário desapareceu.