A NFL anunciou nesta quarta-feira (23) a aprovação pelos donos das franquias de uma nova política para limitar os protestos de jogadores durante o hino dos Estados Unidos antes dos jogos — assunto que se tornou polêmico nos últimos dois anos, quando jogadores passaram a se ajoelhar para protestar contra a desigualdade racial no país.
Com a nova determinação, os jogadores que estiverem à beira do campo são obrigados a estar de pé na hora do hino — assim como já ocorre na NBA, por exemplo. Os jogadores são liberados, caso queiram protestar, a continuar no vestiário.
Como não pode punir os jogadores diretamente — já que não houve discussão sobre este tema na confecção do acordo coletivo de trabalho em 2011 —, a NFL vai punir o time caso um jogador se ajoelhe. Contudo, a liga definiu que cada time terá o direito de definir o procedimento com os seus jogadores. O New York Jets, por exemplo, já anunciou que não vai multar os seus atletas e que eles estão liberados a protestar.
Em uma nota oficial, a Associação dos Jogadores da NFL criticou a decisão unilateral da liga e o fato de os atletas não terem sido envolvidos na decisão. O atual acordo coletivo de trabalho vence na temporada 2021.
Atualmente, dois jogadores movem processos individuais contra a NFL por conspiração. O quarterback Colin Kaepernick e o safety Eric Reid, considerados dois dos líderes dos protestos, estão desempregados desde que saíram do San Francisco 49ers — Kaepernick saiu do contrato em 2016, enquanto Reid ficou sem vínculo depois da temporada 2017.
A polêmica passou a envolver questões financeiras e políticas. Ao mesmo tempo em que havia protestos a favor dos jogadores, parte do público criticava os atos que consideravam de desrespeito à bandeira. Um dos críticos foi o presidente americano, Donald Trump, que incentivou seus apoiadores a não ver mais os jogos da NFL enquanto os donos não tomassem a decisão de impedir ou limitar as manifestações.