"Evento esportivo não é lugar de manifestação política." Foi com este título e um texto no qual também afirma ser contra a execução do hino nacional antes de partidas que o apresentador Tiago Leifert provocou polêmica nesta semana.
— Quando política e esporte se misturam dá ruim. Vou poupá-los dos detalhes, mas basta olhar nossos últimos grandes eventos para entender que essas duas substâncias não devem ser consumidas ao mesmo tempo. O que me leva à minha primeira grande preocupação de 2018: é ano eleitoral — diz um trecho do artigo na Revista GQ.
O texto provocou diversas reações e chegou a ser um dos assuntos mais comentados nas redes sociais. Jornalista, Mauricio Stycer publicou:
— Quatro livros pra começar a conversa sobre esporte e política: Como o Futebol Explica o Mundo, de Franklin Foer; Futebol e Guerra, de Andy Dougan; Vencer ou Morrer, de Gilberto Agostino; O Futebol Explica o Brasil, de Marcos Guterman. Tem mais se quiser.
André Fran, também jornalista, escreveu em seu Twitter:
— A GQ Brasil publicou texto do Thiago Leifert dizendo que esporte e política não se misturam. A GQ gringa deve estar envergonhada...
Ele se referiu à versão americana da revista, que trouxe em sua capa o jogador de futebol americano Colin Kaepernick, eleito o cidadão do ano pela publicação. O atleta, citado no texto de Leifert, foi o primeiro a se ajoelhar durante a execução do hino nacional antes de jogos oficiais da NFL, em protesto à forma como a polícia trata os negros no país. Atualmente, ele está sem time.
Já o chargista Carlos Latuff usou uma foto histórica. Ele publicou a foto do atleta afro-americano Jesse Owens, que na Olimpíada de 1936, no Estádio Olímpico de Berlim, conquistou quatro medalhas de ouro, desafiando o nazismo de Hitler.
Também jornalista, Vitor Sérgio Rodrigues defendeu o direito de expressão do apresentador: