Apesar da torcida do Flamengo questionar a contratação de Henrique Dourado, a diretoria rubro-negra vê a chegada do Ceifador como um grande acerto, em especial na parte financeira. O Rubro-Negro conseguiu baixar a multa rescisória do atacante - que girava em torno de R$ 17 milhões - e ainda economizar em salários para contar com o principal goleador do Brasil, em 2017.
Segundo pessoas ligadas à diretoria do Flamengo, Henrique Dourado estará dentro dos padrões salariais considerados "aceitáveis". Isto é, ele não chegará na Gávea recebendo o que é estipulado como teto salarial. Nomes como Diego Alves, Diego, Éverton Ribeiro e o próprio Paolo Guerrero - que está com o contrato suspenso - para efeito de comparação, terão vencimentos bem acima do que o Ceifador.
Comenta-se que o jogador terá um valor parecido com o salário das Laranjeiras. No Fluminense, com direito de imagem, Henrique recebia em torno de R$ 400 mil. De qualquer maneira, o Fla irá pagar menos ao goleador do que propôs para tentar o volante Walace e Vagner Love. Até mesmo o zagueiro Pablo tinha um acerto apalavrado um pouco abaixo dos teto salarial estipulado.
O planejamento da diretoria, com base em conversas com Paulo César Carpegiani, passa muito em "não gastar por gastar". O caso de Henrique Dourado é simbólico. Mesmo tendo que dispor R$ 11,5 milhões pelo atacante, que vai firmar um vínculo de quatro anos, ele foi encontrado como a solução financeira mais viável.
No caso de Walace, o Flamengo teria que pagar pelo empréstimo de uma temporada, além dos altos vencimentos, que o Hamburgo, da Alemanha, não iria arcar. Com Love, a mesma coisa. Pesou contra o volante também, soluções caseiras e mais baratas. Ronaldo, por exemplo, tem a mesma idade de Walace.
Foi debatido a necessidade de dispor uma alta quantia em um jovem jogador, sendo que já existe soluções mais viáveis e baratas dentro do próprio elenco. Por fim, não descarta-se, em um ou dois anos, negociar Henrique Dourado e recuperar uma parte do investimento. Mercados alternativos podem ser uma solução para recuperar uma boa parte do gasto que será feito pelo Ceifador.