O presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Paulo Wanderley, demitiu mais um dirigente de alto escalão em sua tentativa de adequar a entidade a sua nova realidade financeira.
O ex-jogador de vôlei Bernard Rajzman, único brasileiro membro do Comitê Olímpico Internacional (COI), recebeu nesta terça-feira (5) a notícia de que não é mais diretor de relações institucionais.
O salário de Bernard era de R$ 44.785, conforme foi revelado em outubro pela ESPN. Ele também foi chefe de missão do Brasil nos Jogos Olímpicos de Londres 2012 e do Rio 2016.
Em novembro, Wanderley já havia afastado Agberto Guimarães, que era diretor executivo de Esportes do Comitê e homem de confiança do ex-presidente Carlos Arthur Nuzman, que renunciou em meio às investigações sobre sua participação no esquema de compra de votos para eleger o Rio de Janeiro como sede da última Olimpíada.
O presidente também desligou do COB Sérgio Lobo, ex-secretário-geral, e o general Augusto Heleno, ex-diretor do Instituto Olímpico e do departamento de comunicação e educação corporativa. Com os cortes, Wanderley prevê uma economia de mais de R$ 5 milhões por ano no caixa da entidade.
Famoso por ter criado o saque "Jornada nas Estrelas", Bernard tem no currículo a medalha de prata história do Brasil nos Jogos de Los Angeles-1984.
Por ser membro do COI, Rajzman não deixará de frequentar as Assembleias do COB, como a desta quarta-feira, que deliberará sobre o peso dos atletas nas decisões da entidade, após a polêmica impugnação do voto da Confederação Brasileira de Rúgbi (CBRu).