Ex-número 3 do mundo, Milos Raonic é um dos muitos jogadores que tiveram sua temporada atrapalhada por lesões. O canadense, no entanto, teve sorte, conseguiu retornar ainda em 2017 e agora pede por reformas no circuito.
Foram sete semanas se recuperando, até que estivesse pronto para voltar às quartas. Disputando o ATP 500 de Tóquio, o canadense pediu mudanças no exaustivo calendário da ATP.
— Tem sido muito frustrante — disse Raonic. — Eu tive mais de 12 diferentes lesões e razões que me mantiveram longe dos torneios. Não foi nada divertido, pois não pude focar no tênis. É horrível ter que pensar em "posso jogar ou não?" em vez de "o que posso melhorar no meu jogo?"
Aos 26 anos, Raonic precisou desistir de cinco torneios neste ano, além de duas desistências em razão de lesões repentinas.
— Acho que dentre os que terminaram o ano passado no top 5, eu sou o único que ainda está tentando jogar este ano, e nenhum destes jogou o US Open — ele disse. — Talvez isso seja uma prova cabal de que alguma reforma precisa acontecer visando o bem-estar dos atletas, a manutenção de suas carreiras e permitir que possamos entregar um bom nível de tênis para os espectadores.
E ele não parou por aí, "o calendário, a duração do ano e o quanto espalhados geograficamente são os torneios, especialmente dos jogadores de ranking mais alto, é algo que merece uma segunda visão. É difícil atingir o pico quatro vezes ao ano para os Grand Slams, fora os demais torneios".
— É preciso dar aos jogadores que realmente protagonizam torneios maiores a chance de jogar tudo durante um período de sete meses, para que possam focar em sua saúde, além de trabalhar em seus jogos, pois é um tempo de descanso necessário. Somos o único esporte, além do golfe, onde a competição dura tanto tempo que não resta tempo para descanso.