Pela metade da segunda etapa, de forma inteligente, Renato trocou a força e a correria, retirando dois jogadores vigorosos e colocando em campo técnica pura. Lincoln e, especialmente, Léo Moura, que esbanjou categoria e deu um passe de muita qualidade na jogada do gol gremista, que passou também por Lincoln.
Apareceu Michel, que sempre está no lugar certo, para dar a vitória ao Tricolor. Não foi uma atuação de luxo, mas foi uma vitória muito importante, pois seguimos espiando o Corinthians. Valeu o esforço, a dedicação dos atletas e as mexidas corretas de Renato.
Questão física preocupa
Depois do jogo contra o Santos, tenho refletido muito sobre a atuação do Tricolor naquela partida. O primeiro tempo foi arrasador, amassando o adversário dentro de seu próprio campo e criando inúmeras chances de marcar. E foi tão boa aquela atuação que, mesmo depois de sofrer o gol, o time encontrou forças para reagir e chegar ao empate.
Quando esperávamos que, no segundo tempo, a equipe mantivesse aquele ritmo veloz e intenso, não vi a mesma circunstância. O Grêmio caiu de produção física, alguns atletas aparentavam um certo esgotamento e, inclusive, ainda erravam passes considerados fáceis.
Tal preocupação se deve ao fato de que o time pode ter chegado ao seu auge um pouco antes do momento ideal. O trabalho de preparação do Grêmio é excelente.
No entanto, estamos tratando de seres humanos, que possuem seus limites.