Desde os tempos de colégio, nas aulas de educação física, eu buscava auxiliar os professores a montar equipes de futebol para jogos escolares estaduais. Quando era jovem, me reunia com os amigos para assistir a jogos no antigo Estádio Florestal. Tenho o Lajeadense como o único clube do coração. Representa para mim uma grandeza especial por ter convivido com todos desde a década de 1980. Hoje liderar o clube é motivo de orgulho, satisfação, de uma felicidade e emoção muito grande.
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Quero estabilizar o clube e começar uma caminhada com os pés firmes no chão, sem pensar no resultado imediato, mas a médio e a longo prazos. Queremos nos pautar pela formação de atletas, pela inserção de novos sócios e pela busca de novos parceiros e patrocinadores, com o apoio dos atuais. Buscamos tornar a Arena Alviazul um local de uso frequente, atraindo as famílias em todos os finais de semana. Esse projeto de longo prazo se tornou possível graças ao Nilson e ao Everton Giovanella, que acreditaram nas ideias.
A Chapecoense e o Juventude são os clubes nos quais me espelho. O plano é investir em categorias de base e dar ênfase a atletas da região. Queremos buscar um maior apoio da comunidade local. O Vale do Taquari é muito forte economicamente, bem localizado geograficamente e com muito potencial técnico no mundo da bola. Temos de explorar nossas riquezas.
Só em 2017, já conseguimos colocar 12 atletas na
base de times das séries A e B do Brasileiro, e isso dará também sustentação para nosso foco, pois em breve estarão trazendo retorno financeiro ao clube. Com base nesse plano, tenho plena convicção de que chegaremos à Série A do Brasileiro em 2026.
Não sou um novato no futebol. Ingressei como preparador físico da equipe juvenil do Lajeadense em 1995. Depois em diversas funções no futebol, passei por clubes como Juventude, Bahia, Paraná, dupla Gre-Nal entre outros. Em 2013, comecei a fazer um trabalho de observação técnica e captação de atletas para levar aos clubes. Destaco minha passagem pela Seleção Brasileira de 2006 a 2010 na era Dunga, como observador técnico das categorias de base na Região Sul e depois como auxiliar e técnico das categorias sub-15 e sub-16. Desde julho de 2015, sou gestor das categorias de base do Lajeadense. E, agora, assumo a presidência do clube até 2019. Quero ver o Vale do Taquari ser um só, torcendo e vibrando pelo Alviazul do Vale.
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