Foram 5 anos inéditos na história do Grêmio Esportivo Brasil. O clube saiu das profundezas da Série B regional em 2013 para duas conquistas consecutivas do título de campeão do interior na Série A do Gauchão em 2014 e 2015. A campanha exitosa catapultou o xavante também em nível nacional com 3 participações em Copas do Brasil, sendo duas contra o Atlético Paranaense e uma contra o Flamengo.
E, o principal neste ressurgimento xavante: os acessos em campeonatos nacionais. Da Série D à Serie B em apenas 2 anos. Todas essas conquistas tiveram um fato comum: a presença do treinador Rogério Zimmermann à frente da casamata xavante.
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Todas essas conquistas contaram também com uma direção afinada, uma fantástica e inigualável torcida e um plantel de jogadores que compraram a idéia de ressurgimento e reestruturação do Brasil. Só que a vida é feita de ciclos. No futebol não é diferente. O treinador chegou no seu limite, pelo menos no atual contexto de futebol do Brasil. É hora de sair. É hora de fazer ressurgir outro time em outro lugar. Tem capacidade de sobra para isso. Tem capital profissional. Mas não para seguir indefinidamente no comando técnico do futebol rubro-negro. O time parou de render.
Não joga o suficiente. É batido por adversários de qualidade duvidosa. Algumas vezes até por goleadas patéticas e humilhantes. A apatia e a reação desorganizada está contaminando a arquibancada. A torcida xavante aos poucos está se tornando uma torcida comum. Não vai ao estádio em grande número e não cobra mais de forma contundente como sempre foi a sua marca. Está se tornando uma torcida de rede social. Com a minha participação, inclusive. Após a derrota humilhante para o Paraná, o que eu menos queria ouvir era o treinador. Era a hora do presidente do clube. A massa quer ouvir Ricardo Fonseca nesse momento delicado em que nos aproximamos a passos largos do Z4. O futebol xavante está entregue a funcionários remunerados. Onde está a palavra oficial do clube?
Rogério, muito obrigado por tudo, mas o ciclo acabou. Os números dizem isso: em 2017 são 33 jogos: 8 vitórias, 9 empates, 16 derrotas. 31 gols marcados e 44 sofridos. 33% de aproveitamento. É hora de recomeço. Para você e para nós.