Um início de Série B acima da projeção inicial. Assim o vice-presidente de futebol do Juventude, Jones Biglia, definiu os 66,7% de aproveitamento do time nas 11 primeiras rodadas do campeonato. Ontem, em entrevista na live da página do Pioneiro Esportes no Facebook, o dirigente comentou o momento alviverde na Segunda Divisão e os desafios que o clube terá até o fim deste ano.
Enquanto Gilmar Dal Pozzo trabalha com o grupo de atletas para o jogo contra o Guarani, no próximo sábado, a direção ainda analisa a possibilidade de qualificar o elenco. O zagueiro Anderson Marques está próximo de um acerto. Um meia não parece ser uma prioridade da diretoria.
– O camisa 10 é difícil de achar. Vários times da Série A não tem. O nosso é o Juninho, que tem o espírito da Série B incorporado. É tático e ataca com a mesma naturalidade que vai marcar lateral. Temos um meia mais técnico que é o Wallacer, que quando foi chamado deu a resposta. Além deles, o Bruno Ribeiro e o Felipe Lima voltando, que são reforços dentro do próprio grupo, e todos com características diferentes – avaliou o dirigente.
Sobre os rivais, Biglia listou aqueles que acredita que vão brigar pelas quatro vagas para a primeira divisão nacional em 2018:
– O Goiás tem uma equipe boa. Vencemos por 3 a 0 aqui, mas em um jogo que foi equilibrado, difícil. O América Mineiro tem uma equipe muito qualificada, jogadores experientes. O Ceará tem uma equipe com a tendência de chegar brigando por acesso. Existem muitos candidatos para as três vagas. Entendo que uma é do Inter. Por mais que esteja oscilando, acredito que vá subir.
Na décima temporada longe da Série A, o sonho de voltar à elite nacional está cada dia mais vivo para o torcedor. O vice de futebol alviverde acredita que alguns pontos dentro do clube devem mudar caso o acesso seja concretizada:
– Precisaria investir um pouco mais na estrutura física. Por conta dos anos que passamos fora do cenário principal, sacrificamos alguns investimentos. Em alguns anos tivemos dificuldades para pagar salário, que seria o básico, imagina investir. Não é que a gente não queira subir, de forma alguma. É obvio que queremos subir. O objetivo concreto é a manutenção, até para não ter falsas expectativas e nem superdimensionar uma apreensão nos atletas.
Brenner, Ramiro e Alex Telles
Sem vender atletas do grupo atual, as negociações de jogadores formados no Alfredo Jaconi podem ser a solução alviverde no quesito financeiro.
– A gente tem expectativa sim que ocorra algum negócio desses. Inclusive na ideia de negar a proposta pelo Tiago tínhamos na cabeça que algum desses negócios deva ocorrer e nos dar um pouco de respiro. Quando o orçamento do clube é feito no início do ano, existem as despesas, as receitas, e existe uma rúbrica nas receitas que é um valor X pela venda ou transação de direitos econômicos de atletas. São negócios que não dependem do Juventude. Do Brenner temos 40%, do Alex Telles só os 3,5% do direito de formação e do Ramiro os 10% mais os 3,5% de formação – disse o dirigente.
Dentro de campo, a resposta tem sido positiva. O estilo que o técnico Gilmar Dal Pozzo vem dando ao time agrada ao dirigente alviverde.
– Na nossa primeira conversa, lá em Itapema-SC, falei: Gilmar, ainda acho que o Juventude precisa aproveitar a bola aérea. O Juventude praticamente não fez gol assim. No ano passado, foram muito poucos. Foi uma coisa que a gente bateu muito na formação da equipe e estou contente de ver as coisas acontecendo – concluiu o diretor.