Victor defendeu um pênalti cobrado por Willian, Prass fez um par de grandes defesas e Palmeiras e Atlético-MG ficaram no 0 a 0 neste domingo, no Allianz Parque. Os clubes deram sequência a duas longas séries: os paulistas chegaram a 25 jogos sem perder na arena, enquanto os mineiros completaram 12 partidas sem derrota para o adversário, desde 2011. Mas não há muito o que comemorar, já que ambos seguem em má fase no Brasileirão.
O Palmeiras, que vinha de derrotas para Chapecoense e São Paulo na competição, tem apenas quatro pontos e está no 12º lugar. A situação do Galo é ainda pior, já que o time não venceu nenhum de seus quatro compromissos, tem só três pontos e está entre os quatro últimos.
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Cuca fez cinco mudanças em relação à equipe que enfrentou o Inter na quarta passada, pela Copa do Brasil: Fabiano, Felipe Melo e Zé Roberto sentaram-se ao lado de Borja no banco, enquanto Jean e Dudu foram vetados pelo departamento médico. Mayke, Thiago Santos, Egídio, Guerra e Keno, respectivamente, foram os substitutos.
A torcida vaiou após o apito final, mas o Verdão mostrou evolução. Se tivesse aproveitado as chances que teve, inclusive o pênalti, teria ido para o intervalo com uma merecida vantagem. A habitual qualidade do Galo para trocar passes foi vista, mas só no meio de campo - setor em que Elias, desgastado, foi desfalque de ultima hora. Com marcação eficiente, os mandantes não permitiram que Robinho, Cazares e principalmente Fred recebessem para finalizar perto da meta de Prass.
O Palmeiras, sim, conseguiu se aproximar do gol. A melhor chance foi um chute no travessão disparado por Keno, que infernizou os marcadores atleticanos e não deixou a torcida sentir falta de Dudu. Isso sem contar o pênalti cometido por Fred sobre Edu Dracena, que Willian cobrou e Victor defendeu em seu canto esquerdo já nos acréscimos da etapa inicial. Em 2015, o goleiro já havia defendido uma cobrança do atacante, que à época jogava pelo Cruzeiro.
Passado o baque, o Palmeiras voltou do intervalo castigando Victor - e esbarrando em defesas dele. Com Borja no lugar de Róger Guedes, que destoou no primeiro tempo, as chances foram se acumulando. O próprio Borja, que por alguns minutos esteve elétrico como a torcida espera, teve uma chance de dentro da área, que Victor salvou, e outra de muito longe, que passou perto e o fez pedir para galera jogar junto.
A superioridade alviverde era tão gritante que Roger Machado tirou dois de seus craques antes dos 15 minutos do segundo tempo: Robinho e Fred deram seus lugares ao estreante Valdívia e a Rafael Moura, que deram mais vida à marcação na saída de bola.
O ritmo acelerado foi diminuindo, e o Palmeiras ainda perdeu sua maior arma ofensiva aos 24 minutos, já que Keno cansou e deu lugar a Michel Bastos. Erik viria depois no lugar de Willian. Aos poucos, o Atlético-MG cresceu e fez Prass se juntar a Victor como destaque do dia, com grandes defesas em chutes de Cazares e Maicosuel, que entrara na vaga de Otero. O Galo até chegou a balançar a rede, mas em um lance que a arbitragem já havia parado por falta.
Os dois times voltam a campo na quarta-feira, às 19h30min: o Palmeiras encara o Coritiba, fora de casa, e o Galo recebe o Avaí. Os dois jogos serão pela quinta rodada do Brasileirão.