Desanimador. O que o torcedor são-paulino deve sentir depois da apresentação deste domingo é mais do que a frustração por perder a chance de alcançar a terceira vitória consecutiva do Campeonato Brasileiro. A derrota por 1 a 0 para a Ponte Preta, no Moisés Lucarelli, em Campinas, foi a consequência de um domingo a ser esquecido por todos no departamento profissional.
A partida repetiu uma sensação que o São Paulo de Rogério Ceni já deu em jogos anteriores na temporada: o time cai muito fisicamente. Neste domingo, foi cedo demais e a Macaca dominou o segundo tempo para fazer 1 a 0, em Campinas.
O São Paulo estacionou no seis pontos em quatro rodadas, permanecendo na parte intermediária do Campeonato Brasileiro, e tenta se recuperar na quinta-feira, às 19h30, recebendo o Vitória no Morumbi. Já a Macaca atinge sete pontos, fica na zona que dá vaga na Libertadores e volta a campo também às 19h30 de quinta, em visita ao Atlético-GO.
Leia mais:
Victor defende pênalti de Willian, e Palmeiras empata com o Atlético-MG
Confira a tabela de classificação do Brasileirão
Tudo já começou mal para o Tricolor antes mesmo do apito final. Ceni disse que treinou o time com Cueva como titular e, na véspera do jogo, foi informado de que o departamento médico receitou um spray com substância proibida para tratar dores no pé do peruano. Conclusão: ele saiu por medo de ser pego no doping.
Sem muito o que fazer depois da lambança dos médicos, Ceni manteve o 3-4-2-1 que vem dando certo. Apostou em Thomaz no lugar de Cueva como única alteração na escalação que bateu o Palmeiras na rodada passada, no Morumbi.
Aparentemente, o time não sentiu a clara diferença de velocidade entre Thomaz e Cueva. Por dez minutos, o Tricolor sufocou a Ponte e só não abriu o placar por concluir errado.
Depois, aparentando ter o jogo na mão, o time do Morumbi recuou um pouco, mantendo a bola no pé, mas já sem gás para se mexer como antes. A Macaca de Gilson Kleina se sentia confortável, fechando espaços enquanto diminuía o ritmo do rival, que apenas trocava passes sem nenhum objetivo.
O São Paulo foi para o intervalo sem mostrar muito ímpeto e voltou exatamente do mesmo jeito. Bem diferente da Ponte Preta. Gilson Kleina lançou-se à frente, sacando Jeferson para promover a estreia de Emerson Sheik e empurrando Nino Paraíba na lateral direita.
Nessa disposição tática e de ânimo, executou uma blitz e deixou os zagueiros do São Paulo tão confusos que deixaram Lucca completamente livre na área para abrir o placar, aos 5 do segundo tempo.
O São Paulo, então, teve mais de 40 minutos para reagir. Mas não conseguiu. A velocidade de Luiz Araújo, negociado com o Lille, da França, não apareceu, Junior Tavares errou bastante e o time ficou preso em seus próprios erros.