A segunda partida de Bruno em sua volta ao futebol foi marcada por uma boa dose de polêmica. O Boa Esporte segurava fora de casa o empate em 0 a 0 com o Patrocinense, na quinta-feira, quando o goleiro interrompeu a partida para relatar ao árbitro que teria sido alvo de um vergalhão de ferro atirada por torcedores do clube local.
Segundo informações da TV Integração, o episódio teria ocorrido aos 18 minutos da etapa inicial, quando Bruno estava em meio a uma discussão com vários jogadores. Ao ser alvo do vergalhão de ferro, o goleiro entregou o objeto ao árbitro.
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Na súmula da partida, o juiz Emerson de Almeida Ferreira relatou a acusação de Bruno. No entanto, negou que o trio de arbitragem tenha visto:
"Informo que aos 18 minutos do primeiro tempo quando o jogo se encontrava paralisado, o goleiro da equipe do Boa Esporte Clube sr. Bruno Fernandes das Dores de Souza , me apresentou um vergalhão de ferro de aproximadamente 30cm dizendo que o mesmo havia sido arremessado dentro do campo de jogo por torcedores da equipe do Clube Atlético Patrocinense que se encontravam atras de sua meta (fato este que não foi observado por nenhum membro da equipe de arbitragem, representante e delegado da partida que se encontravam em campo de jogo)".
Em entrevista ao GloboEsporte.com, o vice-presidente do Patrocinense, Florisvaldo José de Souza, rechaçou que a torcida do clube tenha atirado o objeto:
- Com relação à segurança da partida, passamos três dias junto à PM e seguranças particulares para que não tivesse nenhum incidente. Não abrimos bilheteria para comprar ingresso, justamente por causa da segurança. Temos um compromisso com a polícia, Corpo de Bombeiros e Ministério Público. Dentro de campo, aconteceu esse fato. O goleiro Bruno chamou o árbitro e alegou que foi arremessado nele um tipo de material, na realidade não houve. Só ele que viu. Tinha uma guarnição da PM atrás do gol que não viu nada.
Segundo o dirigente, o clube fez um boletim de ocorrência para evitar perdas de mando de campo na sequência do Hexagonal Final:
- Como resguardo, foi feito um boletim de ocorrência baseado nas palavras do árbitro, que disse também que ninguém viu. Foi feito no intervalo da partida. Eu chamei o delegado do jogo juntamente com o tenente da polícia militar. Fomos até o gol e verificamos que lá não tinha nada, atrás do gol também não. Foi feita uma limpeza geral lá. Não houve nenhum incidente, só essa que o goleiro Bruno viu. Nunca perdemos mando de campo por falta de segurança, não vai ser agora que vamos perder.
Devido a um habeas corpus concedido pelo STF, Bruno aguardará em liberdade ao recurso de sua condenação a 22 anos e três meses de prisão pelo homicídio de Eliza Samudio.
A partida terminou empatada em 0 a 0. O Boa, que viu Bruno ter uma atuação segura, chegou a dois pontos no Hexagonal Final, enquanto o Patrocinense tem quatro pontos em duas partidas.