Confira as impressões iniciais de três repórteres de Belo Horizonte sobre os primeiros dois meses do ex-técnico do Grêmio no Atlético-MG:
Luiz Martini, repórter do globoesporte.com
"O Roger chegou ao Atlético com a missão de arrumar a defesa. E ele conseguiu organizar melhor a marcação do time para sofrer menos gols. Por outro lado, ele sofreu críticas no início pela falta de chegada à frente. Agora, a equipe mudou de estilo e conseguiu atingir um bom equilíbrio ofensivo. É o time que mais fez gols no Mineiro e a defesa menos vazada. Claro que é início de temporada, o Atlético tem que enfrentar adversários mais qualificados para ter uma noção real do que o time pode oferecer. O estilo do Roger já é diferente do Marcelo Oliveira, do Levir Culpi, técnicos que atacavam de forma mais inconsequente em alguns momentos. Ele tem um padrão mais tático, de marcação, evitando o chutão para ter uma saída de bola mais organizada."
Léo Gomide, Repórter da Rádio Inconfidência AM
"Roger vem tentando implementar algo que o Atlético não teve na temporada 2016, com Marcelo Oliveira: organização tática e estratégia de jogo. Com Marcelo, o Galo sofria muito defensivamente. Fazia gols, mas deixava espaços. Roger dá compactação entre as linhas, criou uma mecânica da equipe e que não dependa exclusivamente da individualidade dos atletas, que são talentosos. Até o ano passado, o time vivia apenas de lampejos dessa turma. A filosofia de trabalho dele requer um período de tempo maior para ser implantada. É unânime entre os atletas que os treinos dele são muito bons. Roger utiliza uma frase; treinar o jogo e jogar o treino. Notamos alguns aspectos do treino já nas partidas. Mas ainda não é um time formado: Elias chegou, Robinho só atuou uma vez, Luan ainda não estreou, Erazo idem, agora foi contratado o volante Adílson. É um trabalho a longo prazo, mas imagino que ainda vá se conseguir ver os grandes desempenhos do Grêmio de Roger aqui."
Rodrigo Fonseca, Portal Superesportes
"Roger Machado assumiu o Atlético com missão clara: fazer do elogiado elenco do clube um grande time. Em 2016, o desequilíbrio defensivo da equipe custou caro. O treinador, então, chegou sabendo qual a prioridade. Nos sete primeiros jogos (sem contar Chapecoense, nesta quarta-feira), o torcedor já observou um time mais organizado, preocupado em valorizar a posse de bola e pressionando o adversário na saída de bola, duas das exigências de Roger para reorganizar o Galo em campo. A estreia tardia na Libertadores também colaborou. Roger Machado ganhou tempo para ajustes. Evitou muitas alterações no time considerado titular. Com uma base definida, alcançou até agora 100% de aproveitamento no Campeonato Mineiro, torneio que vem ajudando a moldar a equipe e caminho para a busca pelo primeiro título da temporada. O grande desafio de Roger é conseguir o equilíbrio defensivo sem perder a força ofensiva que marcou o Atlético nos últimos anos."