Mais importante do que uma boa atuação hoje, em Cascavel é o Inter se classificar à próxima fase da Copa do Brasil. Contra o modesto Princesa do Solimões, do Amazonas, em um campo todo a seu favor, tem de avançar com naturalidade.
A competição vai até o longínquo 12 de outubro e pode se transformar em uma ambição para a temporada se o time de Antônio Carlos Zago tomar corpo neste primeiro semestre. Para que isso aconteça, é fundamental que mexa em algumas peças, sem alterar radicalmente a estrutura tática.
Ao que tudo indica, vai fazer isso no Paraná, com um meio-campo formado por Dourado, Charles, Diego, Carlinhos e D'Ale – em vez de três volantes, três meias, que também podem desempenhar a função de marcar. É claro que nós, torcedores, esperamos ver um Inter novamente bem, impondo medo aos adversários. Porém, o momento é de oscilação e construção, que é sempre melhor sedimentada com vitórias e classificações.
A hora de Nico López
O maior problema do Inter em 2016 não foi o sistema defensivo. A zaga foi somente a sétima mais vazada do Brasileirão. O rebaixamento veio porque o ataque esteve entre os quatro piores.
A estreia de Carlos contra o Caxias deu um alento de novos tempos. Ele imprimirá ritmo mais veloz na frente, mas precisa de parceria para jogar. Com D'Alessandro liberado para não marcar, resta só uma vaga, que está nas mãos de Nico López.
É hora da promessa uruguaia agarrar a chance.
*Maurício Tonetto é interino.
*Diário Gaúcho